Categoria Geral  Noticia Atualizada em 30-01-2015

Empresas apresentam ao governo projetos alternativos
Pelo menos quatro das grandes ind�strias que s�o atualmente abastecidas pela Companhia Estadual de �guas e Esgotos (Cedae), a partir do Sistema do Guandu, apresentar�o hoje (30) ao governo do estado projetos alternativos de capta��o e re�so de �gua para e
Empresas apresentam ao governo projetos alternativos
Foto: jb.com.br

Ontem (29) o governador Luiz Pez�o anunciou a inten��o de encaminhar � Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) projeto de lei estabelecendo a obrigatoriedade da ado��o por parte das grandes industrias de pol�tica de re�so de �gua.

Os representantes das ind�strias estiveram reunidos, tamb�m, ontem, com o governo para discutir o problema. Eles ter�o que apresentar ainda hoje um documento oficializando a necessidade m�nima para o funcionamento das empresas.

Segundo informa��es do governo, elas ter�o que fornecer informa��es que apontem quantidade e qualidade da �gua utilizada para manter suas opera��es. Com estes dados, o secret�rio estadual do Ambiente, Andr� Corr�a e o Presidente da Cedae, Jorge Briard, esperam formatar um novo mecanismo de re�so da �gua destas ind�strias.

Na ocasi�o, o secret�rio estadual do Ambiente, Andr� Corr�a, anunciou a ado��o de uma pol�tica de governo permanente, incentivando a reutiliza��o da �gua, at� ent�o, descartada na linha de produ��o das ind�strias. A proposta foi comunicada, em particular, aos representantes das quatro principais empresas do Distrito Industrial de Santa Cruz, convocados pelo secret�rio e pelo presidente da Cedae para avaliar a situa��o dos reservat�rios que abastecem o estado do Rio de Janeiro.

Segundo Andr� Corr�a, a situa��o destas empresas � particularmente mais grave porque utilizam a �gua do Rio Para�ba do Sul, abaixo do sistema de capta��o do Guandu, respons�vel pelo abastecimento de 9 milh�es de habitantes da regi�o metropolitana do Rio de Janeiro. O problema se agrava por conta da crise h�drica que afeta a Regi�o Sudeste, a maior dos �ltimos 84 anos.

Andr� Corr�a antecipou, ainda, que outros segmentos da ind�stria que operam na regi�o tamb�m ser�o convidados para debater mecanismos que estimulem o consumo eficiente em suas linhas de produ��o.

As informa��es do governo indicam que a Refinaria de Duque de Caxias (Reduc) ser� a pr�xima convocada para uma rodada de negocia��o a fim de se adequar ao novo sistema. Hoje, a empresa det�m uma outorga de capta��o de 2 metros c�bicos (m3) por segundo volume superior ao necess�rio. No caso espec�fico da Reduc, este volume poder� ser revisto, e adotada uma solu��o semelhante � do Complexo Petroqu�mico do Rio de Janeiro (Comperj), que j� utiliza a �gua produzida a partir do esgoto tratado na Esta��o de Alegria, no Caju.

Como a prioridade � o consumo humano e as ind�strias ter�o que se adequar � esta pol�tica de re�so, Andr� Corr�a foi enf�tico ao afirmar que vai usar a prerrogativa da gest�o de recursos h�dricos, da legisla��o ambiental: " Acredito que isso n�o vai acontecer, mas, n�s podemos, sim, cassar outorgas de empresas".

O sistema, administrado pela Cedae, foi projetado para operar com a vaz�o m�dia de 250 m3 por segundo e vaz�o m�nima de 190 m3. Atualmente, por causa da escassez de chuvas, a concession�ria est� operando com 145 m3 por segundo, conforme recomenda��o da Ag�ncia Nacional de �guas (ANA) para compensar o per�odo prolongado de seca na regi�o.

O problema das ind�strias tornou mais preocupante, na reuni�o de quarta-feira (28) em Bras�lia. A ANA acenou com a possibilidade de propor a redu��o para 110 m3 por segundo. Para o secret�rio, essa redu��o torna a situa��o do estado do Rio insustent�vel.

"Ela � extremamente limitante. A gente entende a gravidade do problema de S�o Paulo, todos n�s somos brasileiros, mas a gente acredita que esse n�mero dificulta muito, torna praticamente invi�vel a gest�o de recursos h�dricos do Rio de Janeiro", reconheceu Andr� Corr�a.

Fonte: jb.com.br
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir