Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-02-2015

Emplacamentos de veículos caem em janeiro
Segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave, que representa mais de 8 mil concessionários de veículos no Brasil), o primeiro mês de 2015 encerrou com queda de 31,02% nas vendas de automóveis e comerciais leves, no compa
Emplacamentos de veículos caem em janeiro
Foto: monitormercantil.com.br

- Mesmo com dois dias úteis a mais em janeiro, houve uma antecipação de compras, em dezembro, por conta do fim do benefício do desconto de IPI, que voltou aos patamares normais a partir do dia 1º - explica o presidente Alarico Assumpção Jr.
De acordo com ele, além da antecipação de compras, historicamente, o mês de janeiro é um período de vendas mais baixas, em função do aumento de gastos da população, que ocorre no início do ano, como o pagamento do IPVA, IPTU, material escolar, entre outros.

- Além da sazonalidade, o baixo desempenho da economia, ao fim de 2014, faz com que o consumidor pense mais na hora de assumir uma dívida de longo prazo. Esperamos que este cenário mude no decorrer de 2015 - pontua Assumpção Jr.
Para ele, a entrada em vigor da Lei 13.043/14, que facilita a retomada de bens inadimplentes por parte dos bancos, deve estimular a concessão de mais crédito no mercado, aquecendo o setor.

- Somado a isso, ainda há em estoque veículos com IPI antigo, que também é uma força a mais nas vendas - comenta.

Na análise relacionada aos emplacamentos de todos os segmentos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas e implementos rodoviários), a Fenabrave identificou retração de 18,90% no primeiro mês do ano, se comparado a janeiro de 2014. Foram emplacadas 372.986 unidades em janeiro 2015, contra 459.910 no mesmo período do ano anterior. Se analisados os emplacamentos do mês de janeiro 2015 com dezembro 2014 (512.574), o setor apresentou retração de 27,23%.

Foram emplacadas 243.904 unidades de automóveis e comerciais leves em janeiro, contra 353.581 em dezembro, o que representa queda de 31,02%. Se comparados ao mês de janeiro de 2014 (299.735), a baixa foi de 18,63%.

Os emplacamentos de caminhões apresentaram queda de 43,97% na comparação com dezembro. Foram licenciadas 7.674 unidades em janeiro2015, contra 13.697 caminhões no mês anterior. Na comparação com janeiro do ano passado, quando foram negociadas 10.716 unidades, o segmento retraiu 28,39%. O segmento de ônibus também apresentou queda no mês de janeiro 2015, quando foram emplacadas 2.229 unidades, contra 2.740 em dezembro (retração de 18,65%). Já na comparação com janeiro de 2014 (2.140 unidades), o segmento registrou crescimento de 4,16%.
Os setores de caminhões e ônibus, juntos, apresentaram retração de 39,75%, no comparativo entre dezembro 2014 e janeiro 2015, e de 22,97% na comparação entre janeiro de 2015/2014.
O segmento de motocicletas registrou queda de 14,94% em janeiro, no comparativo com dezembro. Foram emplacadas 108.640 unidades em janeiro, contra 127.719 no mês anterior. Em relação a janeiro de 2014 (133.659), este setor apresentou baixa de 18,72%.
Quanto aos chamados ?implementos rodoviários? (caçambas, carretas...), foram vendidas 2.259 unidades em janeiro, contra 5.159 em dezembro. Este valor representa queda de 56,21% entre os dois meses. Em relação a janeiro do ano passado (4.830), o segmento também apresentou retração, que chegou a 53,23%.
Outros veículos, como carretinhas para transporte, apresentaram queda de 14,45% ao comparar os meses de janeiro e dezembro. Se comparado a janeiro de 2014, a retração foi de 6,23%.

Anfavea - Em reunião ontem em Brasília, 2, sob a coordenação do ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e com a presença de membros de outros ministérios, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea) e o setor sucroalcooleiro acordaram proposta conjunta para a elevação do teor de etanol na gasolina.
De acordo com Luiz Moan Yabiku Junior, presidente da Anfavea, a proposta será encaminhada para decisão da Presidência: ?a proposta conjunta é de que a partir de 16 de fevereiro a gasolina comum contenha 27% de etanol enquanto a premium permanece inalterada. O teor de 27% e não de 27,5% é uma ação de defesa ao consumidor, uma vez que as provetas de verificação de qualidade instaladas nas bombas de combustível não permitem leitura de número fracionado. A decisão de manter a gasolina premium inalterada se deve a não conclusão dos testes de durabilidade e, portanto, a Anfavea recomenda que os veículos com motor movidos a gasolina utilizem a premium. Agora a proposta será encaminhada para decisão da Presidência da República?. Segundo Moan, a Anfavea salienta que nos veículos flex a gasolina com teor elevado de etanol pode ser utilizada.

Fonte: monitormercantil.com.br
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir