Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-02-2015

88% das mulheres sofrem de ansiedade. Veja como tratar!
Mulheres costumam ser mais ansiosas do que os homens. É o que afirma um estudo realizado pela ISMA-BR (organização voltada à pesquisa e ao desenvolvimento da prevenção e tratamento de estresse no mundo).
88% das mulheres sofrem de ansiedade. Veja como tratar!
Foto: www.msn.com

O levantamento foi apresentado em 2014, em Londres, na European Academy of Occupational Health Psychology (EAOHP). Segundo a pesquisa, os sintomas mais comuns - de pessoas com alto nível de estresse - são dores de cabeça e musculares, além de distúrbios no sono e problemas gastrointestinais. E, em relação às emoções, a ansiedade é a sensação campeã: mulheres sofrem mais (88%) com esse problema se comparadas aos homens (81%).

Ao todo foram entrevistados profissionais de setores como educação, finanças, serviços e saúde; com idade entre 23 a 58 anos, sendo 1.086 homens e 814 mulheres. O estudo analisou profissionais de São Paulo e Porto Alegre. O motivo para essa ansiedade, de acordo com a pesquisa, é a quantidade de tarefas assumidas pela mulher de hoje: ela se preocupa com o lado profissional, os serviços de casa e família. Com isso, acaba dando uma importância menor para a sua própria vida.

Ansiedade é normal?
Os especialistas orientam que a ansiedade é uma reação absolutamente normal, especialmente quando estamos diante de uma situação que exprime medo, dúvida ou expectativa. Além disso, é importante saber diferenciar. Estar ansioso na iminência de uma entrevista de emprego, de fazer uma prova importante ou mesmo de conhecer afetivamente alguém, por exemplo, é absolutamente natural.

O problema é quando esse sentimento vira um transtorno, fazendo a pessoa sofrer muito. O resultado disso terá impacto direto na vida familiar, profissional e social, causando danos até mesmo para a saúde. A Associação dos Portadores de Transtornos de Ansiedade (Aporta) explica que esse tipo de ansiedade exagerada pode ser caracterizada como Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), que é a preocupação excessiva e persistente, com intensidade, duração ou frequência desproporcional ao fato que provocou essa ansiedade. "O transtorno da ansiedade generalizada costuma acometer mais mulheres, dura no mínimo seis meses e vem acompanhada de sintomas como inquietação, fadiga, irritabilidade, dificuldade de concentração, tensão muscular, palpitações, falta de ar, taquicardia, sudorese, dor de cabeça, alterações nos hábitos intestinais, náuseas, aperto no peito, dores musculares, entre outros", explica Renata Bataglin, psiquiatra do Hospital e Maternidade São Luiz Anália Franco, em São Paulo. Quer saber mais sobre o TAG?

MAIS SINTOMAS DO TRANSTORNO DE ANSIEDADE GENERALIZADA (TAG)
Além dos sintomas citados, quem sofre do transtorno de ansiedade generalizada pode apresentar sensações como mãos frias e pegajosas, boca seca, suor excessivo, frequência urinária aumentada e até mesmo dificuldade para engolir.

DIFERENÇA ENTRE PREOCUPAÇíO COMUM E O TRANSTORNO DE ANSIEDADE
"A ansiedade é considerada patológica quando se apresenta de forma desproporcional ao acontecimento em questão, causando muito sofrimento e angústia, além de interferir no desempenho e rotina", explica a psiquiatra.

MULHERES SíO MAIS SUSCETÍVEIS AOS TRANSTORNOS DE ANSIEDADE
Os fatores que podem desencadear o transtorno em homens e mulheres variam."Temos de considerar a atuação de fatores genéticos associados ao temperamento e a rotina de cada pessoa. Mas as mulheres são duas vezes mais suscetíveis aos transtornos de ansiedade do que os homens", ressalta Renata.Segundo pesquisa feita pelo psicólogo britânico Daniel Freeman, professor de psicologia clínica e membro sênior do Conselho de Pesquisa Médica da Universidade de Oxford, as mulheres têm uma chance 40% maior dos que os homens de sofrer algum transtorno mental.

Ele explicou, em entrevista ao The Guardian, que uma das explicações para o índice elevado é que as doenças psiquiátricas que afetam mais as mulheres também são as mais comuns entre a população, como é o caso da depressão e da ansiedade. Isso porque, segundo Freeman, as mulheres tendem a se ver mais negativamente do que os homens e isso é um fator de vulnerabilidade para muitos problemas de saúde mental.

DIAGNÓSTICO DO TAG
O diagnóstico deve levar em conta a história de vida da pessoa. No entanto, uma avaliação clínica bem criteriosa e exames complementares indicados pelo médico também devem ser realizados.

Uma vez que os sintomas clínicos são multifatoriais e comuns a outros transtornos, é importante diferenciar, por exemplo, esse quadro generalizado de ansiedade do Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC), da fobia social ou síndrome do pânico.

TRATAMENTOS PARA TAG
"O tratamento inclui medicamentos antidepressivos e ansiolíticos (tranquilizantes), além de psicoterapia. Além disso, o acompanhamento deve ser feito por um especialista na área e a medicação precisa ser mantida pelo tempo recomendado", diz Renata Bataglin.

DICAS PARA REDUZIR O NÍVEL DE ANSIEDADE
Pratique atividade física, durma bem, se alimente corretamente, procure relaxar mais e respeite o tempo de descanso. Algumas técnicas de respiração e relaxamento também podem ajudar.

"Quando o nível de ansiedade é desproporcional aos acontecimentos, causa muito sofrimento e interfere nos desempenhos familiar, social e profissional dos pacientes. Ao perceber o impacto da ansiedade exacerbada em sua vida, não hesite em procurar a ajuda de um profissional da área", completa Renata Bataglin.

Fonte: www.msn.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir