Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-02-2015

Quatro alternativas pouco conhecidas aos absorventes íntimos
Na Argentina e na Venezuela, a escassez de tampões e absorventes comuns despertou o interesse em alternativas
Quatro alternativas pouco conhecidas aos absorventes íntimos
Foto: www.msn.com

Uma recente escassez de absorventes íntimos na Argentina e na Venezuela levaram esses dois países a repensar alternativas para a higiene das mulheres no período menstrual.

A discussão tomou proporções nacionais nos dois países. Uma rede de televisão venezuelana, a Vive TV, chegou a transmitir um tutorial ensinando as mulheres a produzir seus próprios absorventes íntimos "ecologicamente sustentáveis" usando um pano.

Veja abaixo algumas alternativas para absorventes higiênicos:

1 - O "mooncup"
Essa é uma das opções mais populares que existem atualmente. O copo é feito de silicone e seus fabricantes dizem que pode ser usado para coletar fluidos menstruais por anos. O produto pode ser usado a noite toda e tem marcas para indicar quando está cheio.

Um selo evita vazamentos e ajuda na retirada do copo. No entanto, são necessários alguns cuidados. O copo deve ser usado por um máximo de 8 horas por vez e, depois de esvaziá-lo, os médicos recomendam a esterilização do mooncup com comprimidos especiais ou em água fervendo durante três minutos.

A necessidade de esterilização, no entanto, é vista como desvantagem para a mulher que está acostumada à praticidade dos descartáveis. "Talvez seja esse o motivo pelo qual apenas uma pequena porcentagem de mulheres escolhe utilizá-lo", disse à BBC Guillermo Galán, membro da Associação de Ginecologia e Obstetrícia do Chile.

"Esse método é mais apoiado por um grupo de mulheres que dão prioridade a formas mais naturais de higiene íntima."

Segundo Galán, o produto normalmente não causa irritação nem inflamação, "já que é um copo de fluido menstrual feito de silicone especial".

Fabricantes do coletor de fluido menstrual garantem que o "mooncup" pode ser usado por anos

2 - Esponjas naturais
Essas esponjas especialmente tratadas também são reutilizáveis. Elas são completamente limpas, desinfetadas e secas antes de serem vendidas.

Para utilizá-las, é preciso primeiro mergulhá-las em água quente. A esponja irá se expandir e se adaptar ao formato da vagina.

Durante o ciclo menstrual, as mulheres devem tirá-la e lavá-la com água quando precisarem. Depois, a esponja deve ser mantida imersa em água com duas gotas de azeite durante à noite e, depois, enxaguada e seca antes de ser guardada.

Esponjas usadas para a menstruação devem ser desinfetadas, lavadas e secas antes de serem vendidas

Segundo especialistas, essa esponja também permite relações sexuais.

Para muitas mulheres que aderiram ao método, a origem natural da esponja é sua principal vantagem, mas isso também pode torná-la menos segura.

"Teoricamente, elas funcionam bem porque são tanto absorventes como "tampões". Mas como são um elemento biológico, algumas mulheres podem desenvolver reações alérgicas no longo prazo", disse Galán.

3 - Toalhas íntimas reutilizáveis
Essas toalhas de algodão eram muito usadas por mulheres antes da popularização do absorvente descartável.

Existem toalhas em diferentes formatos e cores e elas são vendidas de diversas maneiras, mas também podem ser fabricadas em casa.

Toalhas de algodão eram popular antes do surgimento dos absorventes descartáveis

As mulheres que fazem uso desse método dizem que ele é mais confortável do que os absorventes sintéticos e não irritam a pele.

As toalhas também podem ser lavadas e reutilizadas – mas não podem ser consideradas exatamente "ecologicamente sustentáveis", pois é necessário bastante água para lavá-las.

4 – Absorvente tipo "fralda"
Esses produtos, que podem facilmente ser encontrados na internet, não devem ser confundidos com as fraldas para adultos. São semelhantes a uma calcinha, mas têm propriedades absorventes e não mancham. Também podem ser reutilizados e lavados normalmente com a roupa íntima.

O design desse tipo de absorvente é parecido com o de absorventes descartáveis. Eles são feitos de material antibacterial que absorve os fluidos.

De acordo com Galan, porém, é essencial que a calcinha seja feita de algodão, já que outro tipo de material não oferece a "ventilação adequada".

"É mais fácil a umidade ficar presa em calcinhas feitas de fibra sintética do que de algodão. Por isso, há um risco maior de infecções por fungos."

Fonte: www.msn.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir