Categoria Geral  Noticia Atualizada em 10-02-2015

Aumento em conta de água na sede do governo de SP é criticad
Reprodução de extrato de conta da Casa Civil foi divulgada no Facebook. Palácio nega aumento e diz que está na faixa de bônus há 10 meses.
Aumento em conta de água na sede do governo de SP é criticad
Foto: g1.globo.com

O custo da conta d´água na secretaria da Casa Civil do governo de São Paulo virou tema de polêmica nas redes sociais: usuários apontam que é possível verificar no site da Sabesp um aumento de 13% no valor que a secretaria terá que pagar no mês de março deste ano, se comparado com fevereiro.
A assessoria do governo nega o aumento no consumo e diz que está na faixa do bônus há 10 meses (veja nota abaixo). Segundo a assessoria do Palácio dos Bandeirantes, a conta de fevereiro é referente a dezembro de 2014 e a de março, a janeiro de 2015. O governo diz ser necessário levar em conta na comparação que o mês de dezembro tem mais férias de funcionários e feriados e, portanto, menos consumo.
Procurada pelo G1, a Sabesp disse que não vai se manifestar sobre o assunto e não explicou por que na página na internet da companhia já consta o valor da fatura a ser paga em março.

A secretaria da Casa Civil fica no próprio Palácio dos Bandeirantes, onde há outros órgãos e a residência do governador.
Os dados publicados na internet e compartilhados nas redes sociais foram obtidos após consulta utilizando o número do Registro Geral do Imóvel (RGI) referente à Casa Civil, a sede do governo paulista. Cada cliente da Sabesp tem um número de RGI. Com o número, é possível, por exemplo, solicitar a segunda via de conta.
No site da Sabesp, os usuários fizeram a consulta da 2ª via e verificaram que a conta de fevereiro foi fechada em R$ 19.428,46, com vencimento no próximo dia 23. Em um outro campo, já consta o valor da fatura referente ao mês de março, com valor de R$ R$ 22.010,24, cerca de R$ 2,5 mil mais cara.
A assessoria de imprensa do governo negou aumento do consumo e disse que o uso de água em janeiro em todo Palácio dos Bandeirantes foi de 1.139 m³, abaixo dos 1.462 m³ estabelecidos como meta pela Sabesp.
Ainda de acordo com a assessoria, pelo décimo mês seguido, a sede do governo paulista obteve o bônus de 30% da companhia por economia de água, mas que pode ter aumentos sazonais por causa de vários eventos sediados no local e a população flutuante do imóvel.
O Palácio dos Bandeirantes sedia quatro secretarias de Estado - Casa Civil, Governo, Planejamento e Gestão e Casa Militar, além da Defesa Civil Estadual e o acervo, aberto a visitação pública.
Multa
Nesta segunda-feira (9), a Sabesp começou a emitir e enviar as contas de água que já cobrarão multa de 40% a 100% aos clientes que aumentaram o consumo a partir de 9 do mês passado. Serão 40% de multa para quem consumir até 20% a mais do que a média do período entre fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. A taxa é de 100% para quem utilizar mais que 20%.
A medida é válida somente na parte do gasto de água encanada, que representa metade do valor da conta. Os outros 50% são referentes ao serviço de coleta de esgoto.
Nota do governo do estado
Veja abaixo a íntegra do posicionado do governo estadual:

"Pelo décimo mês seguido, a sede do Governo de São Paulo obteve o bônus de 30% da Sabesp por economia de água. Em janeiro deste ano, o volume consumido foi de 1.139 m³, abaixo dos 1.462 m³ estabelecidos como meta pela companhia.

O bônus da Sabesp, implantado em abril de 2014, tem como base o consumo médio cada imóvel no período de fevereiro de 2013 e janeiro de 2014. Quem reduzir o uso de água em no mínimo 20% obtém desconto de mais 30% na conta. Em 1º de novembro, o bônus foi ampliado: o imóvel que tiver redução igual ou maior a 10% e menor do que 15% no consumo terá bonificação de 10%; quem baixar o gasto de água de 15% a menos de 20% terá uma redução na conta de 20%.

Uma das medidas que possibilitam a redução no consumo de água no Palácio é a implantação do Pura (Programa de Uso Racional da Água), que combate o desperdício. São realizadas diversas campanhas educativas entre os funcionários, que foram orientados a utilizar menos água.

Além disto, houve outras medidas, como a instalação de válvulas, dispositivos limitadores, temporizadores, arejadores de saída d´água, substituição de boias e sensores de volume de água, troca de tubulações e encanamentos antigos e construção de reservatórios para captação da água da chuva.
O Palácio dos Bandeirantes sedia quatro secretarias de Estado (Casa Civil, Governo, Planejamento e Gestão e Casa Militar), além da Defesa Civil Estadual e o acervo, aberto a visitação pública. A sede do governo paulista também é sede de eventos diversos que aumentam a população flutuante do imóvel, impactando diretamente no consumo de água.
Consumo Consciente

O uso racional da água também é uma realidade em outros prédios públicos estaduais. Somente na capital paulista, a economia registrada pelos prédios públicos estaduais, desde janeiro de 2014, foi superior a 1,7 milhão m³. Nesses locais também foram adotadas medidas de para redução do consumo como substituição de equipamentos hidráulicos (como tubulações antigas, torneiras, vasos sanitários), instalação de temporizadores e dispositivos limitadores, entre outras medidas."

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir