Segundo a ONU, quatro botes partiram de Líbia com destino final na ilha de Lampedusa. Juntos, migrantes enfrentaram ondas de nove metros de altura.
Foto: g1.globo.com O mundo tomou conhecimento, nesta quarta-feira (11), de mais uma tragédia nas águas do Mediterrâneo. Podem ser 300 os migrantes mortos nos últimos dias na travessia entre a África e a Europa.
Uma tragédia bem maior, com três barcos que o mar Mediterrâneo teria engolido. Segundo a ONU, quatro botes partiram sábado (7) de uma praia em Trípoli, a capital da Líbia. A flotilha tinha como destino final a ilha de Lampedusa, na Sicília. Juntos, os migrantes enfrentaram ondas de nove metros de altura.
Em um deles, viajavam as 29 pessoas que morreram de frio na segunda-feira (9). Eles passaram 18 horas nos deques dos barcos de patrulha. Nesta quarta-feira, nove sobreviventes que viajavam em outros dois botes foram descobertos perto da Sicília.
Os que conseguiram chegar com vida afirmam que mais de 200 pessoas teriam caído no mar e morrido afogadas. O quarto embarcação também teria afundado. Os que escaparam trazem relatos dramáticos. Dizem que não queriam partir com o mau tempo, mas que foram forçados a entrar nos barcos por traficantes da Líbia.
A ONU considera que essa tragédia deveria ser vista como uma mensagem à União Europeia de que a atual operação de resgate no Mediterrâneo é inadequada. O Conselho de Direitos Humanos da Europa pediu, nesta quarta-feira, a volta do programa italiano de salvamento, o Mare Nostrum, que foi desativado no ano passado por falta de dinheiro.
Fonte: g1.globo.com
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