Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-02-2015

Cabo Verde em terceiro lugar em África no ranking da Repórte
Cabo Verde desceu no "ranking" da Liberdade de Imprensa no mundo, ao passar do 24º para o 36º lugar, segundo a "Repórteres Sem Fronteiras (RSF)". Portugal está na na 26ª posição e o Brasil na 99ª. Em África, melhor que Cabo Verde só a Namíbia e o Gana.
Cabo Verde em terceiro lugar em África no ranking da Repórte
Foto: www.portugaldigital.com.br

Cabo Verde desceu no "ranking" da Liberdade de Imprensa no mundo, ao passar do 24º para o 36º lugar, segundo um relatório da Organização não Governamental "Repórteres Sem Fronteiras (RSF)".

A classificação de Cabo Verde tem vindo a descer ao longo dos anos, passando do nono lugar a nível mundial, em 2012, para o 25º posto no ano seguinte, antes de recuperar um posto, em 2014, quando subiu para o 24º lugar.

No entanto, o relatório dos RSF considera que a situação dos média cabo-verdianos é satisfatória, sendo o país segundo melhor classificado da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), ultrapassado apenas por Portugal, que está na 26ª posição. O Brasil está na 99ª posição.

A nível africano, Cabo Verde é o terceiro classificado, tendo à sua frente apenas a Namíbia e o Gana.

O diretor-geral da Comunicação Social de Cabo Verde, Justino Miranda, considera que a descida de 12 lugares de Cabo Verde no "ranking" da Liberdade de Imprensa dos RSF deve ser objeto de uma avaliação por parte de todos os intervenientes no setor.

Em declarações à Rádio de Cabo Verde (RCV), Justino Miranda disse que "não é o Governo que desce, nem a Direção Geral da Comunicação Social (DGCS), nem uma estrutura do país, mas sim, todo o país, desde a ação dos jornalistas, dos operadores, dos políticos e da sociedade".

Neste sentido, ele defende que deve-se verificar lá onde há menos desempenho para que se possa reforçar o posicionamento do país nesta matéria.

Segundo o relatório dos RSF, a liberdade de imprensa sofreu, em 2014, uma regressão "brutal", registada em dois terços dos 180 países que figuram no seu ranking.

Para chegar a elaborar esta classificação, os RSF tiveram em consideração fatores como o pluralismo e a independência dos meios de comunicação, o respeito pela segurança e pela liberdade dos jornalistas, a legislação e o ambiente institucional e as infraestruturas em que os jornalistas trabalham.

De acordo com os RSF, diversos aspetos contribuíram para dificultar o trabalho dos jornalistas, em 2014, mas o principal foi a ação de grupos extremistas, como a seita Boko Haran, em África, e o Estado Islâmico, no Iraque e na Síria. Panapress

Fonte: www.portugaldigital.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir