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Descartada contaminação por radiação em clínica interditada

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência descartou na terça-feira, 24, o risco de contaminação por radiação na Clicenter, clínica interditada na segunda, 23, após ação conjunta entre a Delegacia de Defesa de Consumidor (Decon), a Secretaria de Urbanismo
Descartada contaminação por radiação em clínica interditada

Foto: atarde.uol.com.br

Na última segunda-feira, a Decon informou que uma cápsula de Césio 137, encontrada na sala de radiodiagnóstico, estava mal acondicionada. Em visita ao centro, o subcoordenador de equipes especiais do Samu, Oswaldo Bastos, constatou que não havia riscos.

O centro médico, localizado no primeiro andar da Fundação Politécnica, na avenida Sete de Setembro, já havia sido interditado no último dia 9, por funcionar sem o alvará da prefeitura e da Vigilância Sanitária.

Dois dias após a interdição, técnicos da Vigilância Sanitária notaram que a clínica foi reaberta.

Além da interdição feita pela Sucom, na segunda, o proprietário da clínica, Joseval Bispo dos Santos, 50 anos, e Jaconias Venâncio de Souza Junior, 26 - que atendia como clínico-geral - foram presos e encaminhados para a cadeia pública de Mata Escura.

Jaconias não tinha diploma para exercer a profissão de médico. Ele informou à polícia que se formou na Bolívia, mas não apresentou documento que comprovasse a realização do curso.

No consultório dele foi encontrado um talão de receitas de medicamentos de uso controlado, além de um carimbo com nome e registro de outros dois médicos.
Ele vai responder por crimes de estelionato, falsidade ideológica e tráfico de drogas. Já Joseval será indiciado por estelionato, propaganda enganosa e tráfico de drogas.

Pacientes
Durante o dia, o movimento de pacientes foi intenso no local. A costureira Elaine Leal, 33, disse que passava por tratamento para dores musculares que não estava surtindo efeito.
"Usei remédios que poderiam ter me feito mal. Vou processar esses irresponsáveis", afirmou. Muitas pessoas foram buscar resultado de exames e se surpreenderam com a interdição.

Membro do Conselho Regional de Medicina da Bahia (Cremeb), Otávio Marambaia recomenda aos pacientes que verifiquem na recepção das clínicas se há documentos como alvará de funcionamento da Sucom e da Vigilância Sanitária e certificado de registro do Cremeb.

Em 2014, o Cremeb realizou 467 vistorias nas unidades de saúde do estado. O número de irregularidades encontradas não foi informado pela entidade. A população pode fazer denúncias à Decom por meio do telefone 3117-6866.

Fonte: atarde.uol.com.br

Por: Ludyanna Ferreira | Imprimir