Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-03-2015

Após críticas, Cunha recua de passagem para cônjuge
Após a repercussão negativa da liberação de passagens aéreas para cônjuges de parlamentares, o presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) sinalizou que deve recuar da decisão. As informações são do jornal Folha de S.Paulo.
Após críticas, Cunha recua de passagem para cônjuge
Foto: www.msn.com

Segundo o jornal, Cunha marcou para amanhã uma reunião da Mesa Diretora da Casa, com o objetivo de definir como lidar com o tema. Foi a própria Mesa que decidiu criar o benefício na semana passada.

Ainda segundo a publicação, uma das possiblidades estudadas é transformar a regalia em exceção – neste caso, para conseguir uma passagem aérea para a mulher, um deputado precisaria fazer um pedido à Mesa, que analisaria as solicitações caso a caso.

Pela decisão anterior, os parlamentares poderiam usar verba pública para comprar bilhetes aéreos para seus cônjuges, desde que o trajeto fosse entre Brasília e o estado de origem do parlamentar.

O benefício é alvo de um abaixo-assinado na internet que já conta com 362 mil assinaturas. "Os salários dos deputados já são altos o suficiente para que eles possam pagar por casa, viagens e manter uma vida de luxo que muitos brasileiros não têm", diz o texto da campanha.

Com a repercussão, parlamentares já se manifestaram contra a regalia. Segundo a Folha, as bancadas do PT, PSOL, PPS e PSDB se comprometeram a não usar o benefício.

O bilhete aéreo para os cônjuges foi aprovado junto com uma série de reajustes das verbas recebidas pelos parlamentares. Foram reajustados os valores da verba de gabinete, da cota para o exercício parlamentar e do auxílio-moradia. Os novos valores passam a valer em 1º de abril. Os reajustes foram feitos com base no IPCA para corrigir a inflação.

No total, os reajustes terão impacto de R$ 112 milhões no orçamento da Câmara em 2015. De acordo com o presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), os novos valores não implicarão em aumento de despesa, pois haverá cortes no orçamento no mesmo valor.

Fonte: www.msn.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir