Categoria Geral  Noticia Atualizada em 03-03-2015

Porto Alegre registra caso autóctone de dengue
Paciente, morador do bairro Ipanema, apresentou os primeiros sintomas da enfermidade no dia 21 de fevereiro
Porto Alegre registra caso autóctone de dengue
Foto: jcrs.uol.com.br

A prefeitura de Porto Alegre emitiu ontem um alerta epidemiológico confirmando um caso autóctone de dengue no município. A ocorrência foi confirmada na sexta-feira, através de exames laboratoriais, e é o primeiro registro da doença contraída na Capital neste ano. O paciente é morador do bairro Ipanema, na zona Sul, e começou a apresentar sintomas no dia 21 de fevereiro.

Além do caso autóctone, outros três importados foram confirmados na sexta-feira. No total, seis casos importados já foram confirmados neste ano em diferentes bairros da cidade. Dos três novos, dois são de pessoas que moram no estado de Goiás, mas que visitaram Porto Alegre e ficaram hospedadas no bairro Santa Tereza. A outra paciente vive no Litoral Norte gaúcho, mas esteve na Capital, hospedando-se no bairro Sarandi. Os três passaram pela fase de contágio no município.

Para diminuir o risco de transmissão do vírus, ontem pela manhã a Vigilância em Saúde aplicou inseticida em Ipanema. As ruas imunizadas foram Xavier da Costa, Torres, Déa Coufal, Tenente-Coronel Mário Doernte, Érico Peixoto e Leblon, formando um perímetro de 150 metros. Hoje será a vez do bairro Santa Tereza, e amanhã, do bairro Sarandi.

Segundo o coordenador-geral de Vigilância em Saúde do município, Anderson Araújo Lima, a notificação de suspeita de dengue acontece quando o paciente vai a uma unidade de saúde com sintomas compatíveis à doença, como febre alta, dor no corpo ou manchas espalhadas pelo corpo. "É coletado o material e feita uma investigação do histórico de viagem da pessoa. Sendo diagnosticada a enfermidade e não havendo viagens a regiões endêmicas nos últimos 14 dias, o caso é considerado autóctone. Se não, é importado", relata. Esse foi o caso do residente de Ipanema, que não tinha viajado nas duas semanas anteriores.

Se o paciente procurar um médico até o terceiro dia de apresentação dos sintomas, é possível aplicar nele um teste rápido, o NS1, que possibilita identificação imediata da dengue. "É muito importante que a identificação seja rápida, porque, além dos cuidados com as pessoas que contraíram a doença, também são necessários os cuidados ambientais, em 150 a 500 metros ao redor da residência dos infectados", explica Lima. Além de aplicarem o inseticida nos arredores, os agentes também realizam entrevistas com os vizinhos, na busca de outros casos.

Conforme o coordenador, o número de notificações de suspeita de dengue tem aumentado. "Mas já era o esperado pela Vigilância em Saúde, pois, como temos uma epidemia importante em outros locais do Brasil e as pessoas viajam muito durante o Carnaval, é normal que essa movimentação faça com que os vírus se espalhem. Mas estamos preparados", garante, citando o monitoramento inteligente feito pela prefeitura, através de 714 armadilhas para mosquitos, instaladas em 22 bairros.
Os agentes verificam semanalmente cada uma dessas armadilhas e, quando encontram insetos ou ovos no equipamento, inserem a informação no site www.portoalegre.rs.gov.br/ondeestaoaedes. A página foi lançada no mês passado e apresenta um mapa das armadilhas e qual foi o resultado de cada uma na última vistoria. "A divulgação dos dados possibilita que todas as secretarias fiquem atentas à situação e realizem ações por conta própria, como, por exemplo, limpar terrenos, ou ir até praças", relata Lima.

Fonte: jcrs.uol.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir