Categoria Geral  Noticia Atualizada em 09-04-2015

Sem chuva, nível do Cantareira se mantém estável
Reservatórios do sistema receberam 12% da chuva prevista para o mês. Dois mananciais subiram, 2 ficaram estáveis e o Alto Cotia caiu.
Sem chuva, nível do Cantareira se mantém estável
Foto: g1.globo.com

Sem nenhuma chuva nas útimas horas, o nível do Sistema Cantareira permaneceu em 19,7% nesta quinta-feira (9), mesmo patamar do dia anterior, segundo boletim da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).
Dos outros cinco mananciais que abastecem a Grande São Paulo, dois elevaram o nível (Rio Grande e Rio Claro), dois ficaram estáveis (Alto Tietê e Guarapiranga) e um caiu (Alto Cotia).
Considerando a nova medição, que leva em conta o volume morto no volume total, o nível subiu de 15,2% para 15,3%. A diferença em relação ao método anterior é causada pelo novo modo de fazer o cálculo (veja abaixo).
O Cantareira, que atende 5,6 milhões de pessoas na Região Metropolitana, recebeu pouco mais de 12% da chuva prevista para o mês de abril, que incia o período mais seco. Os meses com menos precipitação vão até setembro.
A situação ainda é crítica, já que apenas a segunda cota do volume morto foi recuperada. No mesmo dia do ano passado, o sistema operava com nível de 12,5%, mas tinha mais água, já que ainda não havia começado a usar os dois volumes mortos (287,5 bilhões de litros).

Março chuvoso
Os reservatórios receberam 206,5 milímetros (mm) de chuva em março, o mais chuvoso desde 2008, quando choveu 210,7 milímetros. O número supera a média histórica em 16% e é 6,8% maior que os 193,3 mm de março do ano passado.
O verão foi o mais chuvoso desde 2011 e minimizou os prejuízos da crise. Mas a situação ainda é crítica.
O período mais seco começa em abril e vai até setembro, e os seis reservatórios que abastecem a Grande São Paulo iniciam este período com 34% menos água do que no mesmo dia do ano passado. São 589,5 bilhões de litros, contra 893,7 bilhões de litros em 2014.
Novo método
A Sabesp passou a divulgar desde terça-feira (17) duas formas de medição do nível de água armazenado no Sistema Cantareira.
A publicação do novo gráfico foi feita após recomendação do Ministério Público (MP), que pediu mais detalhes da situação do manancial com o uso de duas cotas do volume morto desde 2014.
Até então, a Sabesp não inseria no cálculo a quantidade de litros acrescentada pelas reservas técnicas (182,5 bilhões de litros do volume morto 1 e 105 bilhões de litros do volume morto 2) autorizadas pela Agência Nacional de Águas (ANA) e o Departamento Estadual de Águas e Energia Elétrica (DAEE).
A conta para chegar ao índice do nível do reservatório só considerava o volume útil do sistema, que é de 982 bilhões de litros.
Para dar "mais transparência às informações", segundo nota oficial, a Sabesp apresentará também um gráfico considerando o volume útil e o volume morto, especificando o volume total do sistema para cada situação.
A companhia informou, por meio da assessoria de imprensa, que apesar da divulgação de dois gráficos, o índice oficial para série histórica será o mesmo de antes e que o volume de água disponível para a população não sofreu alteração. As duas formas de medição podem ser encontradas na página na internet da Sabesp.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir