Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-04-2015

Vendas no comércio têm a maior queda desde agosto de 2003
Em fevereiro, frente ao mesmo mês de 2014, recuo foi de 3,1%, diz IBGE. Na comparação mensal, varejo recuou 0,1% após crescer 0,8% em janeiro.
Vendas no comércio têm a maior queda desde agosto de 2003
Foto: g1.globo.com

Depois de crescerem quase 1% no primeiro mês de 2015, as vendas do comércio varejista brasileiro voltaram a cair. Em relação a janeiro, o indicador recuou 0,1%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Frente ao mesmo mês do ano passado, as vendas do comércio tiveram queda de 3,1%. Nessa base de comparação, é o pior resultado desde agosto de 2003, quando o varejo registrou baixa de 5,7%.
"Depois de dois meses positivos, [indicador] volta a cair. Aí você tem o efeito calendário em algumas atividades como material de construção, veículos e combustíveis. Os preços dos combustíveis em 12 meses cresceram 10,2%", disse Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.
No primeiro bimestre do ano, o indicador acumula queda de 1,2% e, em 12 meses, alta de 0,9%.
"O comércio reflete o consumo das famílias. O que influencia a gente é renda, preço e crédito, de um modo geral. A massa de rendimento real dos trabalhadores cresceu 4,1% no ano anterior [comparação de fevereiro de 2013 a 2014] e nesses últimos doze meses caiu 1,5%, comparado com 2014. Então, você tem crédito crescendo menos, renda caindo... e fora que você tem carnaval". De acordo com Juliana, o crédito cresceu 5,2% de 2014 para 2015, em contrapartida, ele havia crescido 7,4% de 2013 para 2014.
De janeiro para fevereiro, venderam menos os ramos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); tecidos, vestuário e calçados e material de construção (-0,7%); móveis e eletrodomésticos, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%); veículos e motos, partes e peças (-3,5%); e combustíveis e lubrificantes (-5,3%).
Porém, cresceram as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,8%).
Na comparação com fevereiro do ano passado, caíram as vendas de móveis e eletrodomésticos (-10,4%); combustíveis e lubrificantes (-10,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%); tecidos, vestuário e calçados (-7,3%); e livros, jornais, revistas e papelaria (-5,3%).

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir