Categoria Geral  Noticia Atualizada em 14-04-2015

Caixa dá 30 dias a comissão interna para apurar contratos de
PF apontou supostas irregularidades em contratos da CEF e de ministério. Informação foi revelada após deflagração da 11ª fase da Lava Jato.
Caixa dá 30 dias a comissão interna para apurar contratos de

A Caixa Econômica Federal informou por meio de nota divulgada nesta segunda-feira (13) que deu 30 dias de prazo para a conclusão dos trabalhos da comissão interna criada para apurar eventuais irregularidades em contratos de publicidade da instituição.

Na semana passada, a Polícia Federal (PF) deflagrou a 11ª fase da Operação Lava Jato, intitulada "A Origem", que apontou indícios de irregularidades em contratos publicitários da Caixa e do Ministério da Saúde. Sete pessoas foram presas, entre as quais os ex-deputados Luiz Argôlo (SD-BA), Pedro Corrêa (PP-PE) e André Vargas (ex-PT e atualmente sem partido).
De acordo com a Caixa, a apuração interna será realizada "preventivamente" porque, segundo a instituição informou na nota, "nos relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público, que deram embasamento à Operação A Origem, não houve nenhuma indicação de prática de irregularidades pela Caixa ou por seus empregados".
Segundo a Polícia Federal, parte do valor de contratos de publicidade da Caixa eram direcionado para empresas de fachada fornecedoras de material publicitário que tinham como sócios o ex-deputado André Vargas e o irmão dele, Leon Vargas. De acordo com delegados da PF, como não havia prestação de serviço, as contratações eram realizadas para lavagem de dinheiro.
Nesta segunda-feira, o "Diário Oficial da União" informou que o Ministério da Saúde também nomeou uma comissão interna para avaliar contratos de publicidade com a pasta.

Nota
Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pela Caixa Econômica Federal.
NOTA DA CAIXA
A Caixa Econômica Federal esclarece que nos relatórios da Polícia Federal e do Ministério Público, que deram embasamento à Operação A Origem, não houve nenhuma indicação de prática de irregularidades pela CAIXA ou por seus empregados.
Preventivamente, no entanto, a CAIXA já abriu apuração interna para os fatos objeto da investigação que envolvem as empresas IT7 e Borghi-Lowe. A comissão constituída terá prazo de 30 dias para a realização dos trabalhos.
A CAIXA ressalta que estão suspensos, desde sexta-feira (10), todos os pagamentos de serviços prestados pelas empresas IT7 e Borghi-Lowe.
O banco também não autorizará a execução de novos serviços pelas empresas citadas até que sejam concluídas as investigações.
A CAIXA informa ainda que enviou hoje (13) cópia dos processos licitatórios e contratos firmados com as empresas IT7 e Borghi-Lowe à Polícia Federal, Ministério Público, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União.
Além disso, a CAIXA transferiu toda a documentação de pagamento desses fornecedores do Arquivo Geral de Goiânia para o edifício sede da CAIXA, em Brasília. São cerca de 30 mil documentos que estão à disposição das instituições, em ambiente seguro e com acesso controlado.
A CAIXA ratifica que continua à disposição da Polícia Federal, Ministério Público, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas da União para os esclarecimentos necessários.

13/04/2015

Assessoria de Imprensa da CAIXA

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir