Categoria Geral  Noticia Atualizada em 16-04-2015

Excesso de peso é realidade de quase metade dos belo-horizon
Ostentar uma silhueta magra ou pelo menos enxuta está longe de ser realidade para boa parte dos belo-horizontinos. Praticamente metade deles está acima do peso considerado ideal, portanto, saudável. Pouco tempo dedicado à atividade física e alimentação in
Excesso de peso é realidade de quase metade dos belo-horizon
Foto: www.hojeemdia.com.br

Segundo a pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) 2014, divulgada ontem pelo Ministério da Saúde, 49% de quem vive na capital mineira apresenta excesso de peso e 17% já podem ser considerados obesos.

Em relação aos resultados nacionais, os números de Belo Horizonte são ainda menos animadores. Em todo o país, mais de 52% estão, literalmente, fora de forma e quase 18% têm Índice de Massa Corporal (IMC) superior a 30, medida que, conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), os coloca na posição de obesos.

Novos hábitos

Presidente da Federação dos Obesos do Brasil e do Núcleo Mineiro de Obesidade (Nuobes-MG), Jussara Xavier Lima, de 58 anos, deixou para trás quase 150 dos 217 quilos que pesava e foi forçada, por uma cirurgia bariátrica, a mudar, radicalmente, de vida.

"Nasci gulosa e sempre fui gorda. Tentei de tudo, mas o obeso é compulsivo. Chegava a comer 12 bananas caturras e até 50 coxinhas", conta ela, que livrou-se da hipertensão e do diabetes, faz aulas de dança todos os dias e não põe no prato mais de 150 gramas de comida.

Para o diretor do Departamento de Obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM), Mário Kehdi Carra, a falta de informação associada à uma cultura ainda pobre são cruciais para o avanço do excesso de peso e estabilização da obesidade no país. "As pessoas associam o peso ideal à forma física, a músculos, e isso está errado. Ter saúde é alimentar-se bem e praticar atividade física", diz.

De acordo com a Vigitel 2014, apenas 40% dos belo-horizontinos praticam a quantidade de atividade física recomendada pela OMS – 150 minutos por semana.

O Ministério da Saúde irá utilizar os dados da pesquisa para implementar ações de promoção da saúde e prevenção de doenças. O objetivo é diminuir, até 2022, em 2% ao ano, o número de mortes por doenças crônicas, que têm como fatores de risco o sobrepeso e a obesidade.

A nutricionista clínica e esportiva Raphaella Cordeiro recomenda comer a cada três horas, beber muita água, fazer de seis a sete refeições diárias, com legumes e frutas variados, evitar frituras e açúcares e exercitar-se. "Mude hábitos", aconselha.

Fonte: www.hojeemdia.com.br
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir