Categoria Geral  Noticia Atualizada em 04-05-2015

Apesar dos convites, Débora Nascimento descarta posar nua:
E difícil associar a imagem à pessoa quando Débora Nascimento diz que era “o patinho feio da escola”. Dona de uma beleza digna de parar o quarteirão, a intérprete da Sueli de “Alto astral” admite, meio sem jeito, que levou muito fora dos meninos quando er
Apesar dos convites, Débora Nascimento descarta posar nua:
Foto: extra.globo.com

— Querido, nada disso aqui existia (aponta da cabeça aos pés). Isso tudo surgiu lá pelos meus 16 anos. Usava óculos, aparelho nos dentes, não sabia arrumar o cabelo, tinha o ombro para frente... Era bem esquisitinha. Só fui começar a me sentir confiante com o sexo masculino aos 18 anos.

Enquanto muito marmanjo que esnobou a morena deve estar se lamentando nos dias de hoje, a atriz, de 29 anos, mostra que não chama a atenção somente por sua beleza, mas também pela simpatia. Em seu condomínio, na Barra, Zona Oeste do Rio, ela fala com todos os funcionários e distribui sorrisos. A menina insegura da adolescência deu vez a uma mulher determinada, que sabe se valorizar.

— Não sou hipócrita de dizer que a beleza nunca me ajudou. Isso seria mentira. Mas eu, Débora, sei que sou mais do que isso. As pessoas, na minha profissão, acreditam que você está ali só porque é bonita. O que eu faço é mostrar que vou além. Mas só vai perceber quem estiver a fim. Às vezes você está fazendo um personagem incrível, um ótimo papel, e as pessoas não conseguem enxergar além dos seus olhos verdes — pontua.

Confiante de que está no caminho certo, Débora não desvia de seu rumo. Convidada por uma revista masculina para posar nua, a bela recusou a oferta.

— Não fiquei tentada. E olha que cresceram três, quatro vezes o valor do cachê (risos). Mas eu tenho a convicção de que vou conquistar o que quero através do meu trabalho. Na revista não seria uma personagem, seria a Débora posando nua. Já fiz nu no cinema, mas ali não era eu. Você empresta o seu corpo para uma história. Na revista masculina, o propósito de posar nua é satisfazer o homem, e o único homem que eu preciso satisfazer é o meu — assegura.

O sortudo em questão é o ator José Loreto, com quem Débora namora desde 2012. Com ele, não existem restrições, é o que ela garante. Tanto que, perguntada se já fez e enviou fotos sensuais para o amado, a atriz sorri acanhada e, nas entrelinhas, confirma:

— A gente é muito solto. Não temos pudores um com o outro. A nossa casa é o nosso templo, tudo é permitido. Já brincamos bastante e continuamos... Já bolamos coisas divertidas (risos).

Mas não pense que se relacionar com Débora é um mar de rosas e de prazeres. Para ter acesso a ela, é preciso ralar.
— Eu requisito muito. Sou uma mulher que pede. Peço atenção, quer dizer, exijo (risos). Se não puder me dar é porque não tem que estar comigo. Sou linha dura. Eu quero tempo e atenção do meu parceiro. Não adianta estar comigo e pensando em outra coisa. Escuta, porque, se não escutar, vai dar merda. Eu falo sobre tudo no relacionamento. Se existe uma coisinha de que não gosto, eu falo — explica.
Bem-humorado, José Loreto confirma que para namorar a gata é preciso seguir a cartilha dela:
— Ela é assim mesmo, bem exigente. Se eu vou para o futebol, ela me pergunta qual é o horário em que volto para a casa (risos). Aí, se surge um imprevisto e atraso, ela fica enfezada. É que Débora é paulista, ela não sabe que carioca se atrasa (mais risos).
No quesito ciúme, Débora não esconde que ganha do namorado:
— Eu sou mais ciumenta. José finge que não é tanto, mas é. Eu sou possessiva, mas não sou maluca, tá, pessoal?! (risos). Já fui! Mas ele me passa confiança. É um anjo, muito bonzinho.
Sem pressa para oficializar a união, mas já dividindo o teto com Loreto há dois anos, Débora quer tempo para cuidar de cada detalhe do esperado casório.
— Não quero nada grandioso. Penso em pé no chão, flor na cabeça e apenas as pessoas que nos amam. Não temos uma data, mas, quando acontecer, vai ser uma celebração do amor — planeja ela, que não quer filhos para agora: — Não estou preparada para desapegar de mim. Isso é um plano para daqui a quatro anos. José ama criança, mas me entende. De vez em quando, ele joga umas indiretas e pergunta: "Se rolasse, você não ficaria triste, né?". Mas preciso desse tempo.

Apesar da decisão, Débora tem o maior jeito com criança, é o que garante JP Rufino, o Azeitona de "Alto astral":

— Ela é bem calma e doce. Na novela, todo mundo me chama de Azeitona. Só Sueli é que fala Adeílson. Débora acaba se confundindo e me chama de Azeitona também. É engraçado. As cenas com ela são muito tranquilas. Teve uma vez que eu dei um espadada de verdade na cabeça dela durante a gravação, mas ela levou numa boa.

Com um discurso feminista afiado, Débora acredita que toda mulher tem direito a tomar a melhor decisão que diz respeito ao seu corpo. E ela não titubeia quando a conversa fica mais séria e assuntos como a legalização do aborto entram na roda.

— Eu acho que já existe no Brasil, mesmo ele não sendo legalizado. A grande diferença é que a mulher que não tem condição financeira vai no açougueiro da esquina e é mutilada, destroçada. A mulher que tem dinheiro vai para o exterior e faz o aborto de outra forma. Não acho que é o governo que deve decidir o que você vai fazer. Mas acho que é mais importante investir em educação sexual, falar sobre as formas de prevenção. É preciso desmitificar o sexo — opina a atriz.

Esse jeito direto de falar o que pensa está presente no dia a dia da estrela. A relações públicas Glenda Sales, amiga de Débora há mais de dez anos, reforça que a morena não é de meias palavras.

— Ela é muito sincera e direta . O mínimo que espera é que os amigos também sejam — diz Glenda, que entrega: — Compartilhamos tudo da nossa vida. A gente brinca que não precisamos pagar psicóloga porque somos uma da outra. Admiro muito a garra e a determinação dela. Quando Dédinha coloca alguma coisa na cabeça, ninguém tira.

E com o fim de "Alto astral" na sexta-feira, a atriz já decidiu os próximos capítulos da sua vida.

— Eu e José vamos viajar. O plano é esse. Queremos ir para Europa e Estados Unidos. Será uma viagem tipo mochilão, sem luxo. A ideia é fazer a mala e sair andando. Decidimos que não vamos fazer compras. Com o preço do dólar, é melhor assim (risos). Vai ser um tempo de vivência, para conhecer os lugares. Nós somos aventureiros. Eu só pareço uma lady, mas subo em árvore, faço trilhas — conta Débora, tentando se descolar da imagem de intocável: — Sou muito real. Tenho defeitos e virtudes como toda mulher brasileira.

Fonte: extra.globo.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir