Categoria Geral  Noticia Atualizada em 05-05-2015

Dançarina transexual é indenizada por discriminação em boate
Marcelly Morena, de 28 anos, dançarina transexual e primeira princesa da corte gay do carnaval do Rio, ganhou uma indenização contra uma boate de Nova Iguaçu depois de ter sido barrada pelos seguranças na porta de entrada. A Justiça determinou que Marcell
Dançarina transexual é indenizada por discriminação em boate
Foto: www.msn.com

A dançarina declarou ao Extra que foi impedida de entrar na Sheik Night Boate, em Nova Iguaçu, sob a alegação de que era proibida a presença de travestis, e que a ordem do dono da casa de shows era "barrar logo na entrada".

O caso aconteceu em maio de 2011 e, motivou Marcelly a procurar a Coordenadoria da Diversidade Sexual de Mesquita, que a indicou um advogado. Ela lembra que dezenas de pessoas testemunharam o fato, o que a fez sentir mais vergonha:

— Não estava pedindo favor a ninguém, pagaria a entrada. Nunca tinha acontecido comigo. Fiquei muito mal – desafaba Marcelly.

O caso foi registrado na 58ª DP (Posse). E, desde o acontecimento, Marcelly, que morava em Nova Iguaçu, deixou de frequentar a Rua da Lama, conhecida pela concentração de bares e onde fica a boate. Ela diz até que se recusou a acompanhar seu grupo de funk, que foi convidado a se apresentar no local. O julgamento da ação demorou quatro anos, e, apesar do resultado favorável, Marcelly recorreu da decisão. Segundo o advogado João de Barros, o valor da indenização foi considerado baixo diante da gravidade do fato.

Os advogados da Sheik Night Boate também recorreram da sentença. Ao longo do processo, o estabelecimento alegou que Marcelly foi impedida de entrar porque estava embriagada e com um copo de vidro na mão. De acordo com os representantes da boate de Nova Iguaçu, ela ainda teria se recusado a passar pela revista.

Fonte: www.msn.com
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir