Categoria Geral  Noticia Atualizada em 13-05-2015

«Mad Max: Estrada da Fúria»: 30 anos de espera que valeram a
Depois do segundo Vingadores, eis que estreia um dos filmes mais aguardados deste segundo semestre: «Mad Max: Estrada da Fúria». Foram 30 longos anos de espera para os amantes da saga, mas a verdade é que toda essa ausência para rever o mundo pós-apocalíp
«Mad Max: Estrada da Fúria»: 30 anos de espera que valeram a
Foto: diariodigital.sapo.pt

Não tenhamos dúvidas: «Mad Max: Estrada da Fúria» é um enorme filme, uma obra onde praticamente não há diálogos mas também não são precisos, uma estética visual deslumbrante, com o amarelo a dominar todas as cenas, uma banda sonora magistral, indissociável do que vemos, uma película onde a ação é de cortar a respiração, uma fita onde a essência da saga Mad Max foi mantida, com o seu criador, George Miller (também realizador dos primeiros três filmes), a comprovar o carinho que ainda tem pelo seu "bebé", hoje um adulto pronto para desbravar o mundo (entenda-se, novos filmes…). Definitivamente, esperar três décadas por «Mad Max: Estrada da Fúria» valeu a pena.
Sejamos francos: dar continuidade a uma saga marcante dos anos 80 (embora o primeiro filme seja de 1979) era um enorme risco. Mas a verdade é que o mundo de violência, mas também de desespero e loucura, de «Mad Max» continua, ontem como hoje, a fascinar milhões de cinéfilos. E a verdade é que George Miller sabe como ninguém "jogar" com esses três fatores inconscientes (ou consciente) no cinema. E por isso oferece algo que queremos e desejamos ver.

Em termos de argumentos, «Mad Max: Estrada da Fúria» não deslumbra. No fundo, o que temos é uma "simples" luta pela sobrevivência, por parte de Max Rockatansky (Tom Hardy, com uma interpretação bastante sóbria, o que acaba por manter o trabalho de Mel Gibson), mas também de Imperator Furiosa (Charlize Theron) e as suas "muchachas", vistas como simples parideiras de uma civilização extremamente patriarcal. Apesar dos poucos diálogos, a verdade é que Miller constrói personagens credíveis e com isso convence os cinéfilos, os conduzindo com facilidade para o "seu" mundo selvagem, cujo principal rosto é Immortan Joe (Hugh Keays-Bryne), um personagem realmente assustador e temeroso.
Evidentemente, as perseguições automobilísticas fazem quase 80% de «Mad Max: Estrada da Fúria». São perseguições absolutamente fascinantes, tanto a nível de ação como visual. No fundo, são esses duelos entre quatro rodas, um mais original do que o outro, que comandam o ritmo do filme, absolutamente alucinante, com a "velocidade máxima" a ser ultrapassada em muito por Miller, um exímio "piloto" sob o comando da sua câmara.

Estamos portanto diante de um grande filme de ação, uma obra que não renega o seu brilhante passado, pelo contrário, o complementa. Ao que tudo indica, o mundo pós-apocalíptico de «Mad Max» vai continuar. Esperemos apenas que não demore mais 30 anos…
Ficha técnica:
Título: «Mad Max: Estrada da Fúria»
Título original: «Mad Max: Fury Road»
Realização: George Miller
Elenco: Charlize Theron, Nicholas Hoult, Richard Norton, Riley Keough, Rosie Huntington-Whiteley e Tom Hardy
Género: Ação/Aventura
Duração: 120 minutos
País: Estados Unidos
Ano: 2015

Fonte: diariodigital.sapo.pt
 
Por:  Desirée Duque    |      Imprimir