Carro do primeiro-ministro do Timor Leste, Xanana Gusmão, danificado depois do atentado desta segunda, perto da capital Dili
Foto: Martine Perret/UNMIT Jacarta, 12 fev (Lusa) - O presidente da Câmara dos Representantes da Indonésia, Agung Laksono, alertou as agências de segurança do país nesta terça-feira para um possível êxodo de timorenses na seqüência do ataque contra o presidente José Ramos Horta.
"O pessoal militar responsável pela manutenção da segurança nas áreas fronteiriças com Timor Leste deve reforçar a vigilância e tomar medidas de antecipação", afirmou Agung Laksono, citado pela agência Antara.
O mesmo dirigente indonésio manifestou profunda preocupação com os atentados contra Ramos Horta e contra o primeiro-ministro timorense, Xanana Gusmão.
"Espero que este incidente não produza uma escalada, porque tem potencial para se alastrar às áreas fronteiriças", observou Agung Laksono.
Na sua perspectiva, o presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, deveria tomar medidas imediatas no sentido de monitorar a situação em Timor Leste, enviando representantes ao país.
José Ramos Horta foi baleado na segunda-feira (hora local, noite de domingo em Brasília), na sua residência em Dili, em ataque no qual morreu o major Alfredo Reinado, responsável pelo levante rebelde de 2006.
Menos de uma hora depois, Xanana Gusmão escapou ileso de uma emboscada quando se dirigia de sua casa para a capital timorense.
Depois de operado no hospital militar australiano em Dili, Ramos Horta foi transferido para o Royal Hospital de Darwin, norte da Austrália. O diretor da instituição, Len Notaras, admitiu nesta terça-feira à Lusa a possibilidade de uma nova intervenção cirúrgica, embora se manifeste confiante de que o presidente timorense vai se recuperar plenamente.
Na seqüência da dupla tentativa de assassinato dos governantes timorenses, o presidente interino, Vicente Guterres, decretou estado de sítio por 48 horas.
A Indonésia - que ocupou a ex-colônia portuguesa entre 1975 e 1999 - condenou os ataques e reforçou a segurança na sua fronteira com Timor Leste.
Líder indonésio adverte para possível êxodo de timorenses.
Fonte: http://noticias.uol.com.br
|