A França rejeitou as imposições de um grupo ligado à Al-Qaeda, que exigia que o Governo de Paris negociasse com Osama Bin Laden a libertação de cinco reféns franceses. O líder do grupo extremista, que opera no Norte de África, tinha também exigido a saída
Foto: www.maratimba.com Os cinco reféns franceses e outros dois, naturais respectivamente do Togo e de Madagáscar, foram sequestrados, em Setembro, de uma mina de urânio próxima de Arlit, no norte do Níger. O chefe da autoproclamada Al-Qaeda do Maghreb Islâmico, Abdelmalek Droukdel, comunicou as condições do grupo para negociar a libertação.
Numa gravação transmitida pela TV árabe al Jazeera, o líder do grupo pôs como pré-condição que Paris apresse a retirada dos seus soldados do Afeganistão, "de acordo com um calendário específico a anunciar oficialmente".
Droukdel disse também que "qualquer forma de negociações sobre o assunto (dos reféns) não será feita com mais ninguém a não ser com o nosso Sheik Osama Bin Laden, e de acordo com os termos que ele vier a definir".
Recusa francesaA resposta negativa do Governo francês veio pela boca da ministra dos Negócios Estrangeiros, Michele Alliot-Marie.
Numa declaração, a ministra disse que a França estava a fazer "tudo o que está ao seu alcance, para que os reféns, onde quer que esles estejam, sejam postos em liberdade sãos e salvos ". Alliot Marie acrescentou que "A França não pode aceitar que as suas políticas sejam ditadas por ninguém no exterior".
É frequente a Al-Qaeda do Mahgreb Islâmico sequestrar cidadãos estrangeiros, para depois exigir que os respectivos países retirem as suas tropas do Afeganistão, mas os analistas dizem que a referência a Osama Bin Laden constitui uma novidade.
Em Julho o mesmo grupo anunciou que tinha morto um engenheiro francês de 78 anos, reformado, que tinha sido sequestrado no Mali, depois de um raide das forças francesas e mauritanas ter fracassado na sua libertação.
Julga-se que, no mês seguinte, o Governo espanhol terá pago milhões de euros para conseguir a libertação de dois dos seus cidadãos, sequestrados na Mauritânia.
Fonte: /tv1.rtp.pt
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