Categoria Geral  Noticia Atualizada em 28-01-2015

Pimentel admite possibilidade de racionamento "severo"
O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel, disse hoje (28) que o estado pode enfrentar um racionamento �severo� de �gua daqui a tr�s meses. O estado � um dos mais atingidos pela crise h�drica que amea�a o abastecimento em parte do pa�s.
Pimentel admite possibilidade de racionamento
Foto: jb.com.br

"Se n�o chover, se o consumo n�o cair e a vaz�o n�o aumentar - se n�o conseguirmos mais capta��o, em tr�s meses vamos ter que racionar severamente", disse o governador ap�s reunir-se com a presidenta Dilma Rousseff e o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa, no Pal�cio do Planalto, para discutir a situa��o dos reservat�rios mineiros.

Apesar do diagn�stico pessimista, Pimentel espera que medidas emergenciais possam atenuar os impactos da escassez e evitar o racionamento. O governo mineiro estabeleceu a meta de economia de 30% de �gua na regi�o metropolitana de Belo Horizonte e criar� uma sobretaxa para quem consumir mais �gua que em 2014. Al�m disso, uma obra de transposi��o do Rio Paraopeba para o Rio Manso, que abastece a capital, dever� melhorar o cen�rio at� o fim do ano, antes da pr�xima estiagem.

"Vai chover um pouco, podemos aumentar a capta��o mesmo sem essa obra [transposi��o] e o consumo vai cair. Colocamos essa meta de 30%, que � uma meta fact�vel e que nos permite vislumbrar atravessar o ano sem medidas dr�sticas, mas se isso n�o acontecer, vamos para o rod�zio e para o racionamento", confirmou.

A obra de aumento da vaz�o do Rio Manso dever� ficar pronta em novembro e ser� financiada com um aditivo em um contrato de Parceria P�blico Privada que j� existe, de acordo com o ministro do Planejamento, Nelson Barbosa.

"Esse contrato que j� existe ser� adaptado para aumentar a vaz�o para esse reservat�rio. N�s n�o temos outros detalhes, isso vai ser trabalhado entre as equipes t�cnicas. A ideia � que a gente tenha detalhes at� o fim de fevereiro para que o governo federal possa decidir como vai auxiliar nisso: pode ser com a inclus�o entre as obras do PAC [Programa de Acelera��o do Crescimento], como foi feito com obras de S�o Paulo, pode ser uma a��o conjunta para viabilizar a execu��o desse investimento, no que se refere a licenciamento que depende do governo federal e outras modalidades", explicou.

Segundo Pimentel, a obra custar� "menos de R$ 1 bilh�o". O governador criticou a aus�ncia de medidas do governo anterior em rela��o � crise h�drica em Minas e disse que a situa��o j� era conhecida desde o ano passado quando o governador era Antonio Anastasia, do PSDB.

"Essa situa��o j� podia ter sido detectada em meados do ano passado, a Ag�ncia Nacional de �guas chegou a fazer dois alertas para a Copasa, nossa empresa estadual de saneamento, em agosto e em setembro, sobre a gravidade da situa��o, e esses alertas n�o foram levados em conta. A popula��o n�o foi comunicada da gravidade da situa��o e essas medidas de economia, que podiam ter sido adotadas h� seis meses, n�o foram. V�o ter que ser tomadas agora, com atraso, e portanto, com mais intensidade", comparou.

Al�m de Pimentel, o governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pez�o, tamb�m ser� recebido por Dilma nesta quarta-feira para discutir medidas de apoio do governo federal no enfrentamento da crise h�drica.

Fonte: jb.com.br
 
Por:  Ludyanna Ferreira    |      Imprimir