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Venezuela acusa Estados Unidos de atentar «contra diálogo de

A Venezuela acusou hoje os Estados Unidos de atentar "contra diálogo de respeito mútuo", ao avançar com novas sanções contra funcionários e familiares de funcionários públicos venezuelanos.
Venezuela acusa Estados Unidos de atentar «contra diálogo de

Foto: diariodigital.sapo.pt

"O povo da Venezuela ratifica a sua independência e soberania. Não reconhecemos, sob nenhum conceito, a pretensão imperialista de impor uma jurisdição extraterritorial nem ingerência de nenhum tipo, de parte de potências estrangeiras", lê-se num comunicado divulgado pelo Ministério de Relações Exteriores da Venezuela.

No documento, enviado à agência Lusa, o Governo da Venezuela e o Presidente Nicolás Maduro "condenam de maneira categórica", um comunicado emitido pelo Departamento de Estado dos EUA, em que, considera Caracas, "através de mecanismos lesivos dos direitos humanos, reincide na violação do Direito Internacional".

"A reiteração das medidas coercivas unilaterais, nos termos expostos, transgridem a vontade de todos os governos e povos da América Latina e Caraíbas, as nossas organização de integração e união, recentemente expressadas na declaração assinada a 29 de janeiro de 2015 na III Cimeira de chefes de Estado da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e das Caraíbas)", sustenta-se no comunicado.

As autoridades venezuelanas apelam aos Estados Unidos que se abstenham de aplicar sanções unilaterais, as quais, salientam, "não contribuem para a estabilidade, a paz social e a democracia".

Os Estados Unidos anunciaram segunda-feira novas sanções, designadamente a suspensão de vistos contra antigos e atuais funcionários do Governo venezuelano, que alega serem "responsáveis ou cúmplices" de violações dos Direitos Humanos na Venezuela.

"Estamos enviando uma mensagem muito clara, que os violadores de direitos humanos e os que se beneficiam com a corrupção, e as suas famílias, não são bem-vindos aos Estados Unidos", anunciou a porta-voz do Departamento de Estado, Jen Psaki.

Washington acusa Caracas de tentar "sufocar a dissidência" reprimindo manifestantes que protestam contra a deterioração da situação política, económica e de segurança no país.
Em julho, o Governo dos EUA já tinha imposto restrições na concessão de vistos a 24 dirigentes venezuelanos, alegadamente envolvidos em violações de direitos humanos e na repressão de protestos de grupos opositores a Maduro.

Fonte: diariodigital.sapo.pt

Por: Ludyanna Ferreira | Imprimir