Astro ganhou o Oscar por seu papel em "Ben-Hur".
Ele sofria de uma doen�a degenerativa.
Foto: Reuters Personagens hist�ricos
A voz profunda e o rosto s�brio de Charlton Heston permitiram � Hollywood dos anos 50 recriar personagens hist�ricos e b�blicos.
Com uma integridade pr�pria de seus personagens, o ator anunciou publicamente que sofria de uma doen�a que lhe tirava pouco a pouco a mem�ria e suas fun��es vitais, da mesma forma que ocorreu com seu "bom amigo", o ex-presidente dos Estados Unidos Ronald Reagan.
"Devo ter coragem e resigna��o", disse na ocasi�o Heston, quando se viu obrigado a fechar definitivamente as portas para o cinema e a qualquer atividade p�blica � frente da National Rifle Association, organiza��o americana em favor das armas que liderou durante anos. Por conta disto, ele entrou no filme-document�rio de Michael Moore, "Tiros em Columbine", que retrata justamente a facilidade de se comprar armas nos EUA.
Com seu porte atl�tico, seus tra�os marcantes e seu timbre de voz, Heston se encaixou perfeitamente no tipo de estrela que Hollywood buscava para suas grandes produ��es dos anos 50, nas quais a ind�stria se inspirava na B�blia e nos livros de hist�ria.
Al�m do cl�ssico "Ben-Hur", Heston ser� lembrado como "Mois�s" em "Os Dez Mandamentos" (1956) e o her�i da reconquista espanhola Don Rodr�go D�az de Vivar, em "El Cid" (1961), al�m de v�rios outros personagens hist�ricos.
Tamb�m participou de grandes produ��es como "55 dias em Peking" (1963), "Terremoto" (1974) e "O Planeta dos Macacos" (1968), hist�ria que reviveu quando interpretou um pequeno papel na nova vers�o de Tim Burton, de 2001.
Paix�o pela interpreta��o
John Charlton Carter, como foi batizado, nasceu em Evanston, Illinois, em 4 de outubro de 1924, e desde pequeno amou o teatro.
Sua paix�o pela interpreta��o o levou a se inscrever em cursos de teatro na universidade, onde conheceu sua esposa, Lydia Marie Clarke, com quem teve dois filhos.
Com ela, interpretou v�rias pe�as de teatro, e protagonizou em 1948 a obra de Shakespeare "Antonio e Cle�patra", que foi um grande sucesso por dois anos.
Heston foi contratado para interpretar o papel de Marco Antonio no filme "Julius Caesar" (1949), dirigido por David Bradley, papel que lhe abriu o caminho para o estrelato.
A partir da� sua carreira decolou, e ele participou de dezenas de filmes, entre eles "O Maior Espet�culo da Terra" (1952), de Cecil B. DeMille; "A Selva Nua" (1954), de Byron Haskin; "O Segredo dos Incas" (1954), de Jerry Hopper, "Os Dez Mandamentos" (1956), de Cecil B. DeMille, e "A Marca da Maldade" (1958), de Orson Welles.
Nos anos 60 participou de filmes como "Agonia e �xtase" (1965), "O Senhor da Guerra" (1965), "Khartoum" (1966) e "O Planeta dos Macacos" (1968).
Nos anos 70 trabalhou em filmes como "O Senhor das Ilhas" (1970), "No Mundo de 2020" (1973), "Os Tr�s Mosqueteiros" (1973), "Terremoto" (1974) e "Aeroporto 75" (1974).
Heston teve tamb�m uma forte faceta pol�tica, e se tornou conhecido como o �ltimo basti�o dos conservadores em Hollywood.
Al�m de ser um republicano fan�tico, foi um firme defensor direito dos americanos de usar armas, como demonstrou atrav�s da National Rifle Association, que presidiu durante anos.
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