Missionária foi assassinada em fevereiro de 2005, em área rural do Pará.
Foto: Em Cima da Hora O fazendeiro Vitalmiro Moura, o Bida, acusado de ser o mandante do assassinato da missionária Dorothy Stang foi absolvido após dois dias de julgamento, na noite desta terça-feira (6). O julgamento aconteceu em Belém. A missionária foi assassinada em fevereiro de 2005, em área rural do Pará.
Esta é a segunda vez que o fazendeiro é julgado pelo crime. Ele foi a júri novamente porque a pena havia sido superior a 20 anos de prisão. Vitalmiro já havia sido condenado a 30 anos de reclusão.
Já Rayfran das Neves Sales, réu confesso do crime, foi condenado a 28 anos de reclusão. Este foi o terceiro julgamento de Rayfran. O segundo júri foi anulado porque o Tribunal de Justiça acatou argumento dos advogados, que alegaram cerceamento de defesa durante o último julgamento. Ele já havia sido condenado a 27 anos de prisão.
A reviravolta na sentença causou um início de confusão na platéia e o juiz Raimundo Alves Flexa interrompeu as declarações finais por duas vezes para pedir silêncio.
"Aqui não senta réu já condenado. Esse tribunal é livre e possui autonomia. Quem estiver descontente, que recorra à esfera maior", afirmou Eduardo Imbiriba, advogado do fazendeiro.
Por volta das 18h40, o júri saiu da sala secreta, por aproximadamente 25 minutos, para decidir a sentença de Vitalmiro e Rayfran.
Flexa, juiz titular da 2ª Vara de Júri de Belém, demorou mais de 40 minutos para ler a sentença, criando um clima de expectativa.
A segurança foi reforçada no salão interno e os advogados de defesa saíram do local comemorando.
Na frente do Tribunal, equipes da Rotam (Ronda Ostensiva Tática Metropolitana) foram chamadas, para também reforçar o policiamento.
Recurso
Marilda Cantal, que fez a defesa de Rayfran, afirmou que vai apelar da sentença e pediu que o recurso da defesa conste nas atas do julgamento.
Fazendeiro acusado pela morte de Dorothy Stang é absolvido
Missionária foi assassinada em fevereiro de 2005, em área rural do Pará.
Em primeiro julgamento, réu havia sido condenado a 30 anos de prisão
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