O presidente Luiz Inácio Lula da Silva coordena reunião ministerial no Palácio do Planalto para falar sobre o comportamento da equipe nas eleições municipais de outubro
Foto: Antônio Cruz/ABr GABRIELA GUERREIRO
RENATA GIRALDI
da Folha Online, em Brasília
Os ministros Guido Mantega (Fazenda) e Henrique Meirelles (Banco Central) defenderam nesta segunda-feira durante reunião ministerial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a elevação na taxa básica de juros da economia (Selic) determinada pelo Banco Central na semana passada.
Os dois argumentaram que a alta na taxa Selic foi necessária para manter a inflação do país sob controle.
"Os ministros Guido Mantega e Henrique Meirelles falaram que estamos no caminho correto. Esse último aumento de juros que tivemos na semana passada foi exatamente ferramenta para que mantivéssemos a inflação sob controle. Os números apresentados mostram que estamos no caminho correto", disse o ministro José Múcio Monteiro (Relações Institucionais).
Segundo Múcio, o ministro da Fazenda explicou ao primeiro escalão do governo detalhes sobre a alta da inflação no país e as razões para que haja "precauções auxiliares" para evitar a subida.
O ministro, que foi o porta-voz da primeira parte de reunião de Lula com os ministros, não quis apresentar detalhes sobre os motivos que levaram o ministro da Fazenda a pedir "precauções auxiliares" para o combate à inflação.
Na semana passada, o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central decidiu elevar, por unanimidade, a Selic de 11,75% ao ano para 12,25% ao ano, acompanhando a aposta da maioria dos analistas do mercado financeiro.
Foi o segundo aumento seguido da taxa básica de juros no ano para combater a alta recente da inflação. Em abril, o BC realizou o primeiro aumento desde maio de 2005, e os juros subiram de 11,25% ao ano para 11,75%.
Mantega e Meirelles defendem alta dos juros em reunião ministerial
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