Categoria Trag�dia  Noticia Atualizada em 07-07-2008

Hospital confirma morte cerebral de menino baleado na Tijuca
Crian�a estava no carro com a m�e e irm�o quando foi atingido por bala perdida
Hospital confirma morte cerebral de menino baleado na Tijuca
Foto: Ricardo Leoni / Ag�ncia O Globo

O Hospital Copa D"Or confirmou nesta segunda-feira (7)a morte cerebral do menino Jo�o Roberto Amorim Soares, de 3 anos, baleado na cabe�a na Tijuca, Zona Norte do Rio, na noite de domingo (6) durante um tiroteio.

Na parte da manh�, a morte cerebral j� tinha sido diagnosticada em um exame inicial. Mas, por lei, uma nova an�lise deveria ser feita seis horas depois do primeiro diagn�stico, para confirm�-lo.

Doa��o de �rg�os
De acordo com o coordenador m�dico do servi�o de pediatria do hospital, Arnaldo Prata Barbosa, os pais deram autoriza��o para que os �rg�os do filho sejam doados.

"A m�e j� deu autoriza��o para contatar o Rio Transplantes. Eles v�o avaliar se Jo�o Roberto pode ser doador", explicou o m�dico.

Ainda segundo o hospital, a bala que matou Jo�o Roberto entrou pela nuca e se alojou na parte frontal da cabe�a. A equipe m�dica explicou que n�o foi poss�vel identificar o calibre da arma que teria efetuado o disparo, pois o proj�til se fragmentou durante a trajet�ria.

A m�e do menino tamb�m foi tratada pela equipe do hospital e passa bem. Ela apresenta apenas algumas les�es nas costas, na coxa e na perna, provocadas por fragmentos met�licos.

"O pai est� mais descontrolado. A m�e est� conseguindo lidar um pouco melhor com essa situa��o t�o dif�cil para eles", contou o m�dico sobre o estado emocional dos pais da v�tima.

O crime
Segundo a Pol�cia Militar, o menino passava de carro com a m�e e um irm�o de 9 meses na Rua General Esp�rito Santo Cardoso, na Tijuca, Zona Norte do Rio, quando ocorreu o confronto entre PMs e supostos criminosos.

Um dos policiais que participaram da a��o contou que os suspeitos estavam sendo perseguidos a p� em dire��o ao Morro da Cruz, pr�ximo � regi�o.

O menino foi atingido por volta das 19h30 deste domingo (6). A crian�a foi levada para o Hospital do Andara�, na Zona Norte, mas logo foi transferida para o Hospital Copa D"Or, na Zona Sul.

A m�e, Alessandra Amorim Soares, tamb�m foi ferida em uma das pernas e na barriga por estilha�os, mas foi medicada e n�o corre risco de vida. O beb� de 9 meses escapou ileso.

Os policiais militares est�o presos administrativamente no 6o BPM (Tijuca), por um prazo de 72 horas. Segundo secret�rio de Seguran�a P�blica, Jos� Mariano Beltrame, os policiais estavam na Tijuca, Zona Norte do Rio, quando foi passado um r�dio sobre um carro furtado na regi�o.

Na tarde desta segunda, a pol�cia fez buscas nos morros vizinhos ao local do crime. Dois suspeitos foram detidos. Uma moto, armas e drogas foram apreendidas.

A patrulha teria avistado o ve�culo, iniciando uma persegui��o. Foi quando, segundo o secret�rio, fizeram "essa confus�o", efetuando os disparos contra um autom�vel aparentemente diferente do que estava sendo perseguido.

Secret�rio admite falha na atua��o dos policiais

Beltrame afirmou em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (7) que considera desastrosa a atitude dos policiais que participaram de uma persegui��o policial que deixou um menino de 3 anos ferido na noite deste domingo (6), na Tijuca, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Segundo Beltrame, os policiais n�o estavam em um confronto. "Faltou treinamento e racioc�nio. Esse fato demonstra total falta de preparo e crit�rio na hora de agir", afirmou.

"Em nome da secretaria, do governo do estado e da pol�cia pedir as minhas desculpas � popula��o fluminense e em especial aos familiares", disse Beltrame. "Foi uma a��o policial aonde entendemos que tenha faltado crit�rio, tenha faltado treinamento e se resultou nessa trag�dia".

Desespero do pai
J� o pai da crian�a, Paulo Roberto Barbosa Soares, se desesperou ao saber da not�cia da morte cerebral.

"Eu sou taxista, sa� no domingo para juntar um dinheiro para fazer a festa do meu filho. Eu nunca ia imaginar que eles iam executar minha fam�lia. Um carro preto passou pela minha mulher a "mil" quil�metros por hora, ela encostou o carro como qualquer um faria para dar a vez � policia, (mas) eles n�o seguiram o carro, eles pararam, fecharam a minha mulher e metralharam o carro, com uma mulher e duas crian�as", desabafou, na porta do hospital.

Hospital confirma morte cerebral de menino baleado na Tijuca. Crian�a estava no carro com a m�e e irm�o quando foi atingido por bala perdida.

Fonte:

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Por:  Felipe Campos    |      Imprimir