Mantega conversa com jornalistas após a reunião na sede do FMI
WASHINGTON, EUA — O Fundo Monetário Internacional (FMI) não está tirando nenhuma lição dos grandes fluxos de capitais para os países emergentes, que ameaçam o equilíbrio econômico mundial, declarou neste sábado o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
Se os fluxos de investimento dos Estados Unidos, a União Europeia, Japão e Reino Unido mudassem de direção em apenas 1%, isso representaria uma entrada de capitais adicional para os países emergentes de até 485 bilhões de dólares, segundo cálculos do Fundo citados por Mantega.
"Apesar de reconhecer isso, o Fundo ainda se mostra reticente em tirar conclusões práticas de suas análises sobre este tema", declarou Mantega em seu discurso ante o Comitê Financeiro e Monetário do Fundo.
"A experiência demonstra que os fluxos livres de capitais não são necessariamente uma opção preferível para os países emergentes", afirmou Mantega, que também representava a Colômbia, República Dominicana, Equador, Panamá e países caribenhos.
"Recomendações pragmáticas sobre como limitar fluxos em curto prazo fluxos excessivos deveriam se destaque em nossas deliberações", pediu Mantega.
O ministro brasileiro previu que, ante esta volatibilidade, os países emergentes continuarão acumulando reservas e pondo obstáculos para limitar os desequilíbrios.
A recente decisão do governo japonês de intervir nos mercados cambiários para enfraquecer sua moeda, o iene, levou Mantega a assinalar a possibilidade de uma "guerra cambial ", segundo recordou ante o comitê.
"O ideal é que fôssemos capazes de cooperar ", explicou.
Os países membros do FMI pediram à instituição neste sábado que aprofunde seu trabalho sobre os desequilíbrios cambiários mundiais e evite assim a chamada "guerra cambial".
Depois das advertências do ministro de Ma
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