|
Para defender Havelange e Teixeira, Fifa diz que subornos fazem parte da renda de brasileiros
|
Advogado da entidade diz que pr�tica � comum na Am�rica do Sul e na �frica
Foto: esportes.r7.com Para a Fifa, suborno � parte integrante dos sal�rios da maioria da popula��o da Am�rica do Sul e da �frica. Ao menos foi isso que os advogados da entidade m�xima do futebol alegaram durante a defesa de Jo�o Havelange e Ricardo Teixeira, na Su��a, a respeito de propinas recebidas da ISL, empresa de marketing esportivo.
Nesta quarta-feira (12), o tribunal da cidade de Zug revelou os detalhes do processo que analisa os cerca de R$ 45 milh�es entregues aos cartolas brasileiros durante oito anos pela ISL, para facilitar a venda dos direitos de transmiss�o das Copa do Mundo de 2002 e 2006.
A infeliz coloca��o da Fifa ocorreu quando seus advogados tentavam justificar a raz�o pela qual a entidade n�o exigiu a devolu��o do dinheiro depois que constatou a exist�ncia dos subornos. Pedir a devolu��o do dinheiro, de acordo com eles, era "quase imposs�vel". A p�gina 32 do relat�rio do tribunal n�o deixa d�vidas.
� Os representantes legais da Fifa s�o da opini�o ainda de que implementar a devolu��o do dinheiro seria quase imposs�vel. Eles justificam isso com o argumento de que uma queixa da Fifa na Am�rica do Sul ou �frica dificilmente seria aplicada, j� que pagamentos de subornos pertencem ao sal�rio recorrente da maioria da popula��o.
Havelange, ex-presidente da Fifa, e Teixeira, ex-presidente da CBF, foram condenados na Su��a pelo recebimento de propinas. Segundo o texto, Teixeira embolsou R$ 26,4 milh�es (US$ 13 milh�es) entre 1992 e 1997 da ISL, enquanto Havelange arrecadou aproximadamente R$ 2 milh�es (US$ 1 milh�o) em 1997.
A investiga��o criminal havia sido encerrada h� mais de dois anos, mas a dupla concordou em pagar mais de R$ 10 milh�es para que seus nomes n�o fossem revelados. O Supremo Tribunal da Su��a, entretanto, acatou pedidos feitos por �rg�os da imprensa do pa�s e decidiu pela libera��o dos documentos, considerados de "interesse p�blico".
Em mar�o deste ano, Teixeira renunciou � presid�ncia da CBF, ap�s uma sequ�ncia de den�ncias de corrup��o � frente do futebol brasileiro. No momento, ele reside em Miami.
Fonte: esportes.r7.com
|
|
Por:
Caroline Costa |
Imprimir
|
|
|
|