Categoria Policia  Noticia Atualizada em 23-04-2013

"Ele é inocente" e confia que "verdade vai aparecer", diz filha sobre Bola
Midiam Kelly acompanha o terceiro julgamento do caso Eliza Samudio. Ex-policial é acusado de homicídio e ocultação de cadáver.

Foto: g1.globo.com

"Ele é inocente. Ele fala isso com a gente sempre. Está muito abatido com isso, mas confiante de que a verdade vai aparecer", disse Midiam Kelly, filha do ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, de apelido Bola. Ela acompanha, nesta terça-feira (23), o julgamento no Fórum de Contagem, onde o pai responde pelo assassinato de Eliza Samudio, ex-amante do goleiro Bruno, e pela ocultação de cadáver.

(A partir de segunda, dia 22, acompanhe no G1 a cobertura completa do julgamento do caso Eliza Samudio, com equipe de jornalistas trazendo as últimas informações, em tempo real, de dentro e de fora do Fórum de Contagem, em Minas Gerais. Conheça os réus, entenda o júri popular, relembre os momentos marcantes e acesse reportagens, fotos e infográfico sobre o crime envolvendo o goleiro Bruno.)

Ela disse que a família estava presente em casa no mês de junho de 2010 e que ninguém testemunhou nada de anormal. "Se Eliza Samudio foi assassinada dentro dos cômodos da nossa casa, como que nós não vimos nada? [Como] que a minha família não presenciou isso?", disse.

A certidão de óbito foi emitida em 24 de janeiro deste ano, por determinação da Justiça. Segundo o documento, a jovem foi morta por esganadura em 10 de junho de 2010, na Rua Araruama, na cidade. O endereço é o da casa do réu Marcos Aparecido dos Santos.

"Não aconteceu nada de anormal. Dentro do mês de junho, não teve momento nenhum em que a gente estivesse fora de casa. A testemunha maior do meu pai somos nós, a minha família", afirmou a filha de Bola nesta terça-feira (23).

Ela desqualificou o depoimento de Jaílson Oliveira, detento que afirmou em juízo ter ouvido a confissão de Bola sobre a morte de Eliza. "Falar, até papagaio fala. Esse moço não tem tanta credibilidade assim", disse. Segundo a Subsecretaria de Administração Prisional (Suapi), no período de julho de 2010 a fevereiro de 2011, Jaílson Alves de Oliveira esteve preso no mesmo pavilhão de Marcos Aparecido dos Santos, na Penitenciária Nelson Hungria.

Ainda segundo ela, o pai é uma pessoa "muito emotiva" e está sofrendo com a acusação e com o julgamento. "Ele abraçou a gente e disse que ama muito a família", falou sobre o choro dele na noite do primeiro dia de júri. Também afirmou que Bola sempre foi uma pessoa "querida" e acabou sendo "apresentado em uma sombra preta para a imprensa". Perguntada sobre a profissão do pai, após deixar a polícia, a filha preferiu não responder.

O ex-policial ainda responde pelo desaparecimento, tortura e morte de duas pessoas, em Esmeraldas (MG), em 2008, e pelo assassinato de um homem em 2009, em Belo Horizonte. Em novembro de 2012, ele foi absolvido, da acusação de ter assassinado um carcereiro no ano 2000, em Contagem.

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir