Categoria Policia  Noticia Atualizada em 02-05-2013

Motorista de BMW que arrastou motociclista nega ter bebido
Motociclista morreu ap�s ser atropelado na Via Anchieta na segunda (29). Comerciante, que fugiu do local, ainda n�o se apresentou � pol�cia.
Motorista de BMW que arrastou motociclista nega ter bebido
Foto: g1.globo.com

O comerciante Fabrisio Albino de Campos Moura, de 34 anos, motorista da BMW que atropelou e arrastou o motociclista Jos� Francilino J�nior, de 37 anos, na madrugada de segunda-feira (29), afirmou em entrevista ao G1 que n�o tinha ingerido bebida alco�lica no dia do acidente. A Pol�cia Civil diz que o irm�o do motorista admitiu que Fabrisio tinha bebido antes da colis�o.

Fabrisio tamb�m desmentiu outras informa��es divulgadas pelo delegado Roberto Bueno Menezes, titular do 2� Distrito Policial de S�o Bernardo do Campo, com base no interrogat�rio do irm�o. Fabrisio disse que o irm�o n�o estava com ele no BMW 125i e chegou ao local ap�s ser acionado por telefone.

O comerciante confirmou que era ele mesmo que estava ao volante e que n�o viu a motocicleta na Via Anchieta. O motorista disse ainda que saiu do local do acidente por medo de ser linchado e que ligou para o irm�o pedir socorro para a v�tima.

"Estava vindo da casa do meu irm�o, buscar o documento para ele de uma moto que tinha ficado comigo. Tinha ido buscar minha esposa com minha filha, que estava casa da minha sogra. Cortei por Piraporinha e peguei a Anchieta sentido S�o Paulo, porque minha mulher mora no final da Anchieta. Fui tranquilo, tranquilo entre aspas, porque a velocidade da marginal era cento e pouquinho, eu ia a uns 110 km/h, creio eu, quando me deparo, numa subida, com um neg�cio escuro, preto na frente. Quando olhei, fui analisar o que era na verdade, n�o deu nem tempo, s� ouvi a pancada acontecendo, o airbag estourando", disse o comerciante sobre como foi o acidente.

"Fiquei com medo, estava em estado de choque e vi o caso na televis�o e n�o apareci na delegacia", disse ele sobre o fato de n�o ter se apresentado no 2� Distrito Policial de S�o Bernardo, onde o caso foi registrado.

Moura disse que n�o bebe, n�o gosta do sabor da cerveja e que n�o tinha ingerido bebida alco�lica antes de dirigir. "N�o bebo, eu n�o bebo. Estou tomando uns rem�dios para depress�o, tinha brigado com a mulher, tenho filho pequeno, ent�o, estava tomando uns rem�dios. Tenho uma filha de 3 anos", disse o motorista.

Ele falou que n�o conseguia nem andar ap�s o acidente. "N�o conseguia nem andar, minhas pernas n�o mexiam. Mnutos antes de entrar na Anchieta eu liguei para minha mulher e avisei que ia busc�-la com a nen�. A� eu desliguei o telefone. Quando aconteceu o acidente eu liguei para o meu irm�o e disse que tinha acontecido o acidente e que n�o sabia nem o que fazer, estava desnorteado. O airbag estourou na cara, o carro destru�do, a moto no ch�o, fiquei em estado de choque, minhas pernas nem mexiam", afirmou Moura.

"Meu irm�o ligou para o resgate. Eu liguei para meu irm�o e avisei que tinha acontecido o acidente antes do [bairro] Tabo�o, da ponte. Ele me disse que ia ligar e que estava indo me buscar. Fiquei uns 15 minutos l� at� meu irm�o chegar. S� encostou uns carros l�, n�o tinha chegado viatura no local. Se chegou viatura eu n�o vi. Sa� de l� no Palio, que � meu", disse ele.

O comerciante disse que a regi�o onde ocorreu o acidente � escura e que n�o conseguiu ver a motocicleta e a v�tima, que segundo ele estariam parados no acostamento do lado esquerdo da Via Anchieta.

"N�o dava para ver a moto, ali � muito escuro na verdade. Tanto que nem vi a moto dele parada na esquerda, n�o sei se a moto dele parou, se ele tem alarme, n�o sei o que aconteceu. Quando eu olhei eu tentei desviar da moto, se voc� olhar, a pancada foi do lado direito do carro porque eu tentei desviar da moto, ele estava parado do lado esquerdo. Ou eu ia me arrebentar no guard-rail, mas eu desviei assim mesmo, foi essa minha rea��o. S� que eu tentei desviar e peguei na pontinha do carro", disse o comerciante.

"N�o tinha lanterna atr�s da moto acesa, olho de gato, n�o vi nada disso a� n�o. Por isso deu essa cacetada. Por mim, a moto estava parada. N�o sei se acabou a gasolina, o que aconteceu, s� sei que a moto estava parada", disse Moura.

Pedido de perd�o
"Para falar a verdade, eu sei que � uma situa��o meio dif�cil. Por enquanto eu estou sendo at� meio que julgado, mas tudo bem. Desculpas nessa hora n�o resolve. Eu, realmente, n�o sei nem o que dizer, mas eu pe�o desculpas pelo acontecido, n�o foi culpa minha. Jamais, quero que entendam que eu n�o vou comprar um carro novo para matar algu�m. N�o vou sair de manh� e vou matar algu�m atropelado. N�o vou fazer isso nunca, isso foi um acidente, na verdade", disse o comerciante sobre a fam�lia do motociclista morto.

O comerciante disse que pretende procurar a fam�lia do motociclista. "Isso a� eu vou ter de ajudar, � de lei. N�o procurei eles ainda porque quero resolver tudo na justi�a primeiro. Vou chegar na fam�lia, vou arcar com as despesas que eles tiveram, tudo", disse Moura.
Moura disse que nunca tinha sofrido um acidente antes. "Voc� tem um projeto na vida e acontece um neg�cio como esse � uma barreira, dif�cil. Nunca bati um carro, tive v�rios seguros e nunca tive uma batida de carro."

No Hospital Bosque, Moura disse que ficou um tempo tomando soro, sa� no finalzinho da tarde de ter�a-feira. "Fui para casa, tomei banho gelado, em estado de choque, e n�o adiantou nada. Tomei uns rem�dios. Pra te falar a verdade, n�o consegui comer at� hoje, acho at� que emagreci, minhas cal�as est�o todas caindo."

Depoimento � pol�cia
"Pretendo me apresentar para o delegado e falar o que estou falando para voc�", disse Moura. O advogado dele, Mauro Cabral, disse que est� combinando com o delegado Roberto Nunes Menezes um momento oportuno para apresent�-lo. "Tenho receio de justi�a pelas pr�prias m�os.

Desde que aconteceu o acidente, Moura afirmou que evitou ficar em casa por medo de repres�lia. "Fiquei em casa de amigos. Nem indo para casa eu estou indo", afirmou Moura.

Segundo a pol�cia, irm�o disse que ele tinha bebido
Sobre o depoimento do irm�o Fl�vio, que teria dito que o ele tinha bebido, ele disse que vai esclarecer tudo isso com o delegado. "Aquilo foi um mal entendido. Por ter falado que ele tinha assumido o volante, como se eu estava sozinho e ele veio com meu carro [Palio] me buscar?", disse Moura.

O advogado disse que o irm�o de Moura "foi compelido a fazer o etil�metro e, neste momento, disse que tinha ingerido duas latas cervejas de manh�. N�o sei o que aconteceu que um disse que o irm�o disse que bebeu. O etil�metro veio se �lcool". "Colocaram que eu tinha tomado cerveja, nada a ver. Nem falei com ele direito. Eu perguntei se ele estava bem, perguntei o que tinha acontecido na delegacia, vi que ele estava nervoso e falei que depois a gente conversava pessoalmente".

Fonte: g1.globo.com
 
Por:  Maratimba.com    |      Imprimir