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Fitch reafirma rating "BBB" do Brasil, com perspectiva estável
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A agência de classificação de risco Fitch reafirmou nesta quinta-feira o rating "BBB" do Brasil, com perspectiva "estável", citando a diversidade da economia, instituições relativamente desenvolvidas e forte capacidade de absorção de choques.
Em comunicado, no entanto, a Fitch ressaltou que esses fatores positivos são contrabalançados pela fraqueza estrutural nas contas públicas, pelo alto endividamento do governo e pelo baixo investimento, entre outros pontos.
A ação conclui a revisão anual da classificação de risco do Brasil pela Fitch, como prometido pela analista Shelly Shetty em março. Alguns analistas temiam que a recente deterioração nos fundamentos econômicos do país poderia levar a Fitch a atribuir perspectiva "negativa" ao rating ao fim desse processo.
A rival Standard & Poor rebaixou em março o rating do Brasil para "BBB-", apenas um nível acima do grau especulativo, interrompendo uma série de melhoras, que levaram o Brasil ao grau de investimento em 2008.
Com a perspectiva estável, a Fitch está dando margem para o próximo presidente, que será eleito em outubro, implementar os ajustes necessários para restaurar a responsabilidade fiscal do Brasil e a confiança dos investidores.
Entre as questões mais prementes, a Fitch citou "atraso no ajuste de preços administrados, credibilidade reduzida e falta de uma agenda de reformas abrangente".
"Embora o ciclo eleitoral provavelmente atrase esses ajustes, a Fitch acredita que algum progresso provavelmente ocorrerá após as eleições", disse a agência em comunicado.
A agência observou que, segundo pesquisas eleitorais, é provável que a presidente Dilma Rousseff tenha de enfrentar um segundo turno nas eleições em outubro.
"Independentemente do resultado, a Fitch espera alguma política de aperto no próximo ano, embora o ritmo e grau de ajuste e reforma dependam do vencedor e do tamanho da coalizão do governo", disse a Fitch.
A Fitch também estimou que crescimento médio do Brasil continuará em cerca de 2 por cento ao ano entre 2014 e 2016.
Fonte: br.reuters.com
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Por:
Emella Simões |
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