A Jordânia aceitou hoje o pedido de asilo político pedido pelo piloto de caça-bombardeiro da Força Aérea síria que esta manhã aterrou numa base militar no norte da Jordânia, anunciou o porta-voz do Governo jordano.
Foto: sicnoticias.sapo.pt "O Conselho de Ministros decidiu conceder asilo político ao piloto, o coronel Hassan Meri al-Hamadé", declarou Samih Maayatah, citado pela AFP.
A deserção, já confirmada pelo Conselho Nacional Sírio (oposição), é a primeira de um piloto de caças sírio desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011.
Num comunicado, as forças armadas jordanas indicaram que o avião, um caça-bombardeiro de fabrico russo MiG-21, aterrou às 07:45 TMG (08:45 em Lisboa) "sem risco numa base da Força Aérea jordana e o jovem piloto pediu asilo político".
"O avião descolou a toda a velocidade e a baixa altitude de um aeroporto militar entre Deraa e Sueida, no sul do país", indicou um porta-voz do principal grupo da oposição síria, Georges Sabra.
"Fez tudo para evitar ser detetado pelos radares", acrescentou, precisando que o piloto é natural de Deir Ezzor (leste) e de uma família envolvida na luta contra o regime.
A televisão síria noticiou hoje de manhã que as autoridades aéreas "perderam o contacto com um MiG 21 que fazia uma missão de treino".
"O avião, pilotado pelo coronel Hassan Merhi al-Hamade estava perto da fronteira sul da Síria quando se perdeu contacto às 10:34 (08:34 em Lisboa)", indicou a televisão.
Desde o início da revolta na Síria, dezenas de milhares de soldados sírios desertaram, muitos dos quais integram as fileiras do Exército Livre da Síria, para combater as tropas governamentais.
Fonte: sicnoticias.sapo.pt
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